Gersinho fica em silêncio na DP e quer acesso à delação de assessor
16/10/2019 22:00 - Atualizado em 17/10/2019 08:01
Foto: Isaias Fernandes
O vereador Gersinho Crispim (SD), preso na manhã desta quarta-feira (16) por “rachadinha” (aqui), na porta da Câmara de São João da Barra, preferiu o silêncio nas cerca de 10 horas em que ficou na 145ª Delegacia de Polícia. De acordo com a defesa, ele só vai falar após ter acesso a uma delação que já estaria homologada pelo Tribunal de Justiça (TJ) e que seria de um assessor dele, que prestou depoimento nesta quarta na DP.
A ação que levou Gersinho à prisão corre em sigilo no Terceiro Grupo de Câmara Criminais do TJ. A delação do assessor foi homologada 15 dias antes da prisão do vereador. A defesa de Gersinho ainda não apresentou nenhum recurso à Justiça. Como o blog informou mais cedo, ele foi transferido para a Cadeia Pública Dalton Crespo. A audiência de custódia está marcada para as 14h desta quinta-feira (17).
A prisão em flagrante foi efetuada logo após o vereador ter recebido de um assessor R$ 3,5 mil, que seriam fruto da prática de “rachadinha” — o confisco de parte dos salários dos servidores — o que configura crime de peculato. Gersinho já vinha sendo investigado pelo Ministério Público por supostos repasses de valores mensais da remuneração de servidores nomeados por ele para trabalhar em seu gabinete, sendo a prisão decorrente de ação controlada judicialmente comunicada.
De acordo com o MP, “as investigações apontam para a existência de uma embrionária organização criminosa, hierarquicamente organizada e suficientemente sedimentada para a prática de reiterados crimes contra a administração municipal, causando prejuízos aos cofres públicos”.
A Câmara de SJB informou, em nota, não ter nada “a acrescentar ao que já foi divulgado pela imprensa” e que vai aguardar o desenrolar das investigações.

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    Arnaldo Neto

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