Médicos rejeitam pacto pela Saúde e continuam em greve
14/08/2019 21:03 - Atualizado em 14/08/2019 23:01
A greve dos médicos continua em Campos. Terminou na noite dessa quarta-feira (14), na Faculdade de Medicina, mais uma assembleia do Sindicato dos Médicos de Campos (Simec) e a categoria definiu pela manutenção da paralisação, iniciada no dia 7 de agosto. Nessa terça-feira (13), o pagamento de 50% das substituições, 50% das gratificações e abono das faltas no setor ambulatorial durante a greve foram propostos pelo prefeito Rafael Diniz (Cidadania) e pelo secretário municipal de Saúde, Abdu Neme, em reunião com o presidente do Simec, José Roberto Crespo, o representante do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio (Cremerj), além de outros profissionais da medicina. Chamado de “pacto pela Saúde”, o documento agradou aos presentes na reunião, mas não foi aprovado pela assembleia nesta quarta.
O comando da greve foi formado por servidores lotados no Hospital Geral de Guarus (HGG) e Ferreira Machado. Segundo o Simec, a greve continua por tempo indeterminado.
— Os servidores da Saúde decidiram em assembleia a não retornarem aos seus postos de trabalho nesse momento, em razão do não aceite à proposta do poder público municipal, haja vista que as reivindicações não foram contempladas a contento. Os médicos querem voltar a trabalhar, mas com a garantia de melhores condições de trabalho, para que tenham como exercer um atendimento de qualidade à população — disse José Roberto.
Na reunião com o prefeito na última terça, além do presidente do sindicato estiveram o coordenador do Cremerj, Rogério de Souza Bicalho Filho; os médicos Cyntia Azeredo Cordeiro e Luis Alberto Mussa Tavares, além da advogada do Simec, Anara Guedes Coenzey. Outro ponto abordado na proposta foi sobre a autorização do gozo das férias, sem o pagamento imediato do 1/3 de férias. Com isso, não haverá impacto em custos adicionais ao município, conforme previsto no decreto 183/2019, publicado no Diário Oficial do dia 12 de julho.
No entanto, durante a assembleia, os posicionamentos dos servidores da emergência e do ambulatório foram diferentes, apesar de não divergentes. De forma geral, as reivindicações da categoria foram mantidas e a proposta apresentada pelo município rejeitada. O Simec vai formular uma contraproposta.
A Prefeitura de Campos informou que vai aguardar o posicionamento oficial através do sindicato da categoria, “assegurando que adotará todas as medidas cabíveis para garantir o atendimento da população. Os termos do acordo restarão suspensos até que o município seja formalmente informado sobre a decisão da categoria”.

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    Arnaldo Neto

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