A Justiça do Rio recebeu a denúncia contra o sargento da Polícia Militar reformado Ronnie Lessa e o ex-policial militar Élcio Queiroz, acusados de matar a vereadora do Rio Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, em 14 de março do ano passado. Presos preventivamente, Lessa e Queiroz agora são réus e responderão à ação penal por duplo homicídio triplamente qualificado.
Na decisão, o juiz Gustavo Kalil, do 4º Tribunal do Júri do Rio, autorizou em caráter urgente e provisório o pedido de transferência dos acusados para penitenciária federal de segurança máxima.
A unidade será definida pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen). O juiz também determinou o arresto de todos os bens móveis e imóveis em nome dos Ronnie e Élcio, até o limite dos valores requeridos a título de indenização pelo Ministério Público estadual.
O pedido do MP diz que a medida é necessária para garantir o ressarcimento dos danos materiais e morais causados à vítima que sobreviveu ao atentado e aos familiares de Marielle e Anderson.
De acordo com a denúncia, a partir de quebra de dados telemáticos, foi descoberto nos documentos de Ronnie uma nota fiscal referente a uma lancha, com a suspeita de que o sargento reformado estaria tentado ocultar o patrimônio, utilizando-se de outra pessoa, ou seja, um "laranja".