Camilla Silva
21/03/2019 18:06 - Atualizado em 22/03/2019 14:08
A desembargadora Maria Angélica G. Guerra Guedes, da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, negou outro pedido de liminar em habeas corpus impetrado em favor do empresário José Maurício Ferreira dos Santos Júnior, nessa quarta-feira (20). Ele é acusado de ser um dos autores do sequestro do empresário Cristiano Tinoco. O pedido vai ser levado a plenário, onde será realizado o julgamento definitivo. Também nessa quarta, foi informada a negativa de soltura do réu Marven Chagas Batista.
— Não verifico logo ao primeiro olhar a flagrante ilegalidade sustentada — afirmou a desembargadora sobre o pedido dos advogados de José Maurício, considerado o mentor do crime.
Já a decisão sobre Marven foi dada ainda em 1ª instância. O juiz da 1ª Vara Criminal, Bruno Rodrigues Pinto, informou que não houve qualquer alteração no contexto fático que deu ensejo à decisão que decretou a prisão preventiva do acusado.
José Maurício e outras quatro pessoas estão presos preventivamente no processo que julga o sequestro do empresário Cristiano Tinoco. No dia 24 de janeiro, a operação Avaritia levou à prisão o empresário José Maurício Ferreira dos Santos Júnior, que frequentava a casa e era amigo de Cristiano Tinoco e da esposa. Além de Zé Maurício, mais dois suspeitos foram presos no mesmo dia: Junio Santos da Costa e André Angelo Monteiro, conhecido como Cabeça. Outros dois já estavam na prisão.
O trabalho de investigação chegou primeiro a Carlos José Gonçalves do Espírito Santo, o Cacá, detido em Grussaí, no dia 3 de janeiro. Duas semanas depois, Marven Chagas Batista foi preso em Feira de Santana, na Bahia, após uma ação que envolveu policiais de quatro estados. Ele apontou Zé Maurício como mentor do sequestro, já que conhecia a rotina da vítima. A suspeita sobre o empreiteiro começou pelo fato de uma pergunta a Cristiano sobre um relógio Rolex, depois repetida por um dos bandidos na ação.
Marven confessou o crime e deu detalhes da participação de cada um dos envolvidos. Junio confessou ser intermediário da ação. Zé Maurício chegou a negar ligação com o sequestro. Porém, admitiu, em depoimento, que passou informações sobre a vítima.