Suspeitos de torturar adolescente são transferidos para presídio
Virna Alencar 14/02/2019 18:53 - Atualizado em 15/02/2019 18:51
Genilson Pessanha
Dois suspeitos de torturar uma adolescente de 17 anos, em frente à sua casa, em Ururaí, no último sábado (9), foram transferidos na tarde desta quinta-feira (14) para o presídio Carlos Tinoco da Fonseca. Além deles, um menor de 17 anos estaria envolvido no crime e foi encaminhado para o Centro de Socioeducação (Cense) Professora Marlene Henrique Alves. O pedido de prisão temporária foi expedido nessa quarta-feira (13), pela 1ª Vara Criminal. Após diligências no bairro, na última terça (12), a Polícia Militar conduziu os três jovens, além da vítima, para a 134ª Delegacia de Polícia (Centro), onde prestaram esclarecimentos.
A vítima teve a cabeça raspada e foi agredida a coronhadas na cabeça. A motivação seria o fato de ela namorar um rapaz da comunidade Baleeira, que pertenceria à facção Amigo dos Amigos (ADA), enquanto a área em que reside é dominada pelo Terceiro Comando Puro (TCP).
Até que a transferência fosse liberada, familiares questionaram a longa espera na porta da delegacia. A irmã de um dos presos questionou o motivo de o grupo ter ficado três dias na delegacia, sem definição sobre a transferência para as unidades prisionais. “Eles foram presos há três dias e ainda estão aqui na delegacia, sem comer direito e tomar banho”, questionou a mulher de 25 anos.
De acordo com a Polícia Civil, após serem conduzidos à delegacia, na última terça-feira, eles foram ouvidos e reconhecidos pela vítima do crime, sendo a prisão cumprida por meio de decisão judicial.
Caso — Informações chegadas à polícia levaram os agentes até a casa da vítima, na manhã de terça-feira, onde ela teria apontado sete envolvidos no crime. Segundo policiais militares, ela contou que um deles, que estaria armado, teria sido o responsável pelas agressões, enquanto outros observavam. A vítima relatou ainda que foi agredida verbalmente. Após a violência, ela chegou a colocar um aplique de cabelo, mas os agressores ordenaram que ela o retirasse.
Os militares encontraram quatro deles em Ururaí. Todos teriam confessado o envolvimento no crime. A polícia acredita que a adolescente tenha sido torturada em via pública uma vez que a exposição é uma forma de retaliação e intimidação para os demais moradores. A Polícia Civil informou que entre os envolvidos não há nenhum grau de parentesco com a vítima.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS