Virna Alencar
12/02/2019 17:25 - Atualizado em 13/02/2019 15:48
Três homens foram detidos e um menor de 17 anos apreendido, na tarde desta terça-feira, suspeitos de torturar uma adolescente de 17 anos. O crime aconteceu no último sábado (9), quando a vítima teve a cabeça raspada e foi agredida a coronhadas na cabeça, em frente de casa, na rua Silvio Codeco, em Ururaí. Segundo ela, a motivação do crime seria o fato de ela namorar um rapaz da comunidade Baleeira, que pertenceria à facção rival ADA (Amigo dos Amigos), enquanto ela reside em uma área dominada pelo TCP (Terceiro Comando Puro).
Segundo a Polícia Militar, informações chegadas à polícia levou os agentes até a casa da vítima, nesta manhã, e ela apontou sete envolvidos no crime. Ela contou que um deles, que estaria armado, teria sido o responsável pelas agressões, enquanto outros observavam. A vítima relatou ainda que foi agredida verbalmente com xingamento. Após a violência, ela chegou a colocar um aplique de cabelo, mas os agressores ordenaram que ela o retirasse. A polícia acredita que a adolescente tenha sido torturada em via pública uma vez que a exposição é uma forma de retaliação e intimidação para os demais moradores.
Após buscas, os militares encontraram quatro deles, durante a tarde, em Ururaí. Todos teriam confessado o envolvimento no crime.
O caso segue sendo investigado na 134ª Delegacia de Polícia (Guarus). A polícia vai expedir mandados de prisão contra os três detidos e um de busca e apreensão contra o menor.
Outro - Em fevereiro do ano passado, outra adolescente de 17 anos foi sequestrada e torturada, no conjunto habitacional conhecido como Canto do Nolita, no Parque Santa Rosa, em Guarus. No local, ela foi agredida a pauladas, torturada, estuprada e teve a cabeça raspada. O motivo seria uma tatuagem com o símbolo da facção TCP, que a jovem teria feito e divulgado nas redes sociais. O crime foi comandado pelo suposto chefe do tráfico da comunidade Santa Rosa, Francio da Conceição Batista, conhecido como Nolita, que foi condenado a 22 anos e 8 meses de prisão.