Camilla Silva
05/02/2019 18:48 - Atualizado em 06/02/2019 16:56
A defesa do empresário José Maurício Ferreira dos Santos Junior informou que aguarda o julgamento definitivo do habeas corpus, afirmou o advogado Benedito Venâncio. Nessa segunda (4), o pedido de liminar foi negado pela desembargadora da 7ª Câmara Criminal do Rio de Janeiro Maria Angélica Guerra Guedes. José Maurício foi preso durante a Operação Avaritia, realizada no dia 24 de janeiro. Ele e mais dois homens são considerados suspeitos de envolvimento no sequestro do empresário Cristiano Tinoco e de sua esposa. A decisão da desembargadora foi proferida no dia 1º de fevereiro.
De acordo com a decisão, a desembargadora Maria Angélica ressaltou que a defesa de José Maurício alega que ele se encontra indevidamente acautelado pela suposta prática dos crimes de extorsão mediante sequestro e roubo majorado. A defesa argumenta, ainda, que “a decisão constritiva carece de fundamentação, que não foram demonstrados os requisitos legais da prisão temporária e que o inquérito padece de ilegalidades”.
A desembargadora Maria Angélica reforça que “no presente caso, considerando que o processo de conhecimento se encontra ainda em fase muito embrionária sequer há se falar em ilegalidade de plano, mormente porque as razões trazidas pelo impetrante não levam, firmemente, a essa conclusão”.
Delegado responsável pela investigação do caso, que foi registrado na 134ª Delegacia de Polícia (Centro), Pedro Emílio Braga, atual titular da 146ª DP (Guarus), se manifestou sobre a decisão da desembargadora:
— Acho que (a decisão) demonstra justamente a solidez do trabalho investigativo, que não deixa dúvidas acerca da relevância da participação do investigado neste crime de acentuada reprovabilidade.
Apontado como autor intelectual do crime e amigo pessoal do casal, o empresário José Maurício Ferreira dos Santos Júnior foi preso no condomínio Sonho Dourado, onde reside, pouco antes das 6h30 do dia 24 de janeiro. Outros quatros suspeitos também foram presos.