O delegado titular da 134ª Delegacia do Centro, Bruno Cleuder, afirmou que laudo médico concluiu que as lesões no bebê Dione Valentin, que morreu no dia 22 de janeiro, aos 28 dias de vida, são compatíveis com o relato de socos e agressões feito pela mãe do recém-nascido, Jéssica da Silva Valentin, que denunciou o marido, Lucas do Espírito Santo, de 21 anos, como suposto autor da agressão. O delegado afirmou, ainda, que a versão apresentada por Lucas, de que o bebê teria caído da cama, é incompatível com o laudo da morte. O pai da criança está preso desde o dia 22. De acordo com Bruno, o resultado está no parecer médico legal. Ele vai falar mais sobre o caso nesta terça-feira, em uma entrevista coletiva, a partir de 11h, na sede da delegacia.

O fato aconteceu no dia 19 de janeiro, em uma casa de veraneio em Farol de São Thomé. Dione foi levado pelos pais a uma unidade de saúde na praia campista. De lá, o menino foi encaminhado, às pressas, para o Hospital Ferreira Machado (HFM). A princípio, a mãe relatou na unidade hospitalar que a criança foi colocada em cima de um colchão inflável, que estava em uma cama, de onde teria caído. Na tarde do dia 22, a assessoria de imprensa do HFM informou que o estado de saúde da criança era considerado grave e que ela permanecia internada na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP), onde morreu às 23h55 do mesmo dia.

A versão de que a criança foi agredida pelo pai somente surgiu na noite de segunda, por volta das 23h30, um dia antes da morte do bebê, quando a mãe foi à delegacia e relatou aos policiais não ter ido prestar queixa imediatamente por medo do suspeito. Ela contou que Lucas estava brincando com o menino, que teria golfado em sua roupa. Em reação, ele teria jogado o bebê na cama e, após tentar enforcá-lo, teria golpeado a criança no rosto, com cinco socos. O pai, apontado como suspeito de homicídio, nega a agressão. Inicialmente, ele manteve a versão da queda e, depois, teria se recusado a falar.