Paulo Renato do Porto
19/02/2019 21:49 - Atualizado em 22/02/2019 18:15
A longa agonia do Goytacaz no Grupo X terminou numa segunda-feira chuvosa. O desfecho não poderia ser outro com a queda para a segunda divisão. Neste curto período, o clube acumulou problemas, troca de treinadores e uma pífia campanha, resultado de uma série de equívocos que não passaram em branco pelos profissionais alvianis.
— Os jogadores se esforçaram muito, pedimos a eles que se concentrassem no jogo. Começamos bem, fizemos um gol, saímos na frente, levamos o empate, tivemos chances de marcar, mas não conseguimos e levamos a virada. Agora é buscar se estruturar para levar de volta o Goytacaz para onde ele merece. Mas aqui tem muita coisa errada. Também não vai adiantar falar nada agora, de cabeça quente. Mas, infelizmente, o Goytacaz mereceu esta situação — disse o técnico Souza em entrevista à Rádio Absoluta.
O goleiro Gláucio, que retornou este ano à rua do Gás, também desabafou após a derrota, classificou o trabalho feito no Goytacaz como “amador” e demonstrou tristeza pela queda.
— É lamentável. Fui criado aqui, onde comecei nos infantis quando tinha 13 anos. Tenho grande carinho pelo Goytacaz, meu avô jogou aqui, tenho raízes no clube. Não esperava voltar ao Aryzão depois de tanto tempo e passar por isso. A torcida também não merece passar por isso. Tem muita coisa errada, é preciso mudar muita coisa para o Goytacaz voltar a ser grande. Há muito amadorismo, um dia a conta chega. A bola pune — desabafou.
Nesta terça-feira, o presidente Dartagnan Fernandes acertou a permanência do técnico Paulo Henrique no comando da equipe para disputar a Série B1. Numa reunião com o Conselho Deliberativo, o mandatário também disse que chegou a entregar o cargo, mas os conselheiros pediram e ele aceitou continuar na presidência do clube alvianil.
Para o jogo contra o America, neste fim de semana, só cumprimento de tabela, o técnico deve escalar um time basicamente formado por garotos das divisões de base.