O primeiro debate entre os candidatos ao Governo do Estado no segundo turno, organizado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação, nesta quinta-feira (11), na capital, manteve o clima quente da campanha entre Eduardo Paes (DEM) e Wilson Witzel (PSC). Os dois trocaram farpas, mas, diferente do primeiro turno, o embate ficou mais regionalizado e o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) foi pouco citado.
Líder nas pesquisas de intenção de voto no primeiro turno, Paes foi o alvo preferencial dos primeiros debates, mas o resultado das urnas no último domingo (8), com menos da metade dos votos de Witzel, fez o ex-prefeito do Rio mudar de estratégia e partir para o ataque.
Durante a semana, o ex-juiz federal atribuiu ao candidato do DEM a responsabilidade por fake news contra sua campanha e ameaçou dar voz de prisão ao vivo a Paes caso ele cometesse alguma injúria. Wilson Witzel chegou a comentar que a candidatura do rival estava escorada por uma liminar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) depois que Eduardo Paes foi condenado em segunda instância na Justiça Eleitoral por uso do plano diretor da cidade do Rio de Janeiro na campanha de Pedro Paulo à sua sucessão em 2016. Paes pediu direito de resposta e ironizou.
— O senhor cometeu várias injúrias, mas fica tranquilo que não vou lhe dar voz de prisão. Não sou autoritário — disse.
Na sequência, Witzel pediu novo direito de resposta e afirmou citou seu passado como juiz federal para dizer que nunca foi autoritário em sua vida.