O ex-deputado estadual e conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado Domingos Brazão prestou depoimento, nesta segunda-feira (18), na Delegacia de Homicídios sobre o assassinato de Marielle Franco e de Anderson Gomes. Ao deixar a delegacia, Brazão negou conhecer a testemunha que aponta o miliciano Orlando Curicica e o vereador Marcelo Siciliano como responsáveis pelo crime.
“Não conheço essa testemunha, não faço ideia de quem seja. Também me perguntaram se tenho alguma desavença com o vereador Marcelo Siciliano - o que eu não tenho”, garantiu o conselheiro afastado do TCE.
A polícia intimou Brazão para saber qual a relação dele com a principal testemunha do crime - um policial militar que acusa o miliciano Orlando Curicica, preso desde outubro do ano passado, e o vereador Marcelo Siciliano (PHS), de tramar o atentado.
A vereadora e o motorista foram mortos na noite do dia 14 de março, em uma rua do Estácio, na região central do Rio.
Ao deixar a Divisão de Homicídios, Brazão também negou ter contato mais próximo com a Marielle. “Conhecia a Marielle apenas de nome e por dois momentos: quando da eleição e depois por esse infeliz acontecimento que foi a morte dela”, garantiu.
De acordo com o promotor de Justiça Homero de Freitas, a investigação está avançando. "Seguimos diversas linhas, entre elas a atuação de milícias ou crime político”, garantiu o promotor, que acompanhou o depoimento do conselheiro afastado.
Sobre o depoimento de Brazão, Homero disse que não houve nenhuma grande revelação. “Ele disse apenas que não tinha nenhuma relação com a vítima e que seu relacionamento com o vereador Siciliano era estritamente parlamentar”, explicou o promotor.