O ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse nesta quinta-feira (10) que a investigação sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes, no Rio de Janeiro, ocorrida na noite de 14 de março e que teve a reconstituição realizada também nessa quinta, está chegando à etapa final. Questionado sobre a participação do vereador Marcello Siciliano (PHS) e do ex-policial militar Orlando Oliveira de Araújo no assassinato, após o jornal O Globo divulgar o depoimento de uma testemunha que acusa os dois de terem se reunido para planejar a morte de Marielle, Jungmann disse que em breve a investigação apresentaria resultados.
— O que eu posso dizer é que estes e outros todos são investigados e que a investigação no caso Marielle está chegando na sua etapa final. Eu acredito que em breve nós vamos ter resultados — respondeu o ministro após ser questionado por jornalistas sobre o possível envolvimento dos dois com o crime.
Jugman voltou a falar sobre o envolvimento de milícias no assassinato da vereadora: “Eu disse lá atrás, vocês devem se recordar, que tudo apontava para as milícias. Não estou dizendo que são esses especificamente, mas eu falei isso”.
Nessa quinta, O Globo revelou que a mesma testemunha que apontou o suposto envolvimento do vereador (que nega participação) no crime disse também que um policial lotado no Batalhão de Olaria e um ex-policial do Batalhão da Maré participaram da execução.
Reconstituição — A Delegacia de Homicídios da Capital realizou nessa quinta-feira a simulação da execução da vereadora. Ruas do bairro do Estácio foram fechadas à noite pela necessidade de tiros em pontos específicos para análise da perícia. (A.N.A.) (A.N.)