Ceramista comenta ato por alta do frete
Dora Paula Paes 03/05/2018 21:28 - Atualizado em 05/05/2018 14:49
Caminhoneiros realizaram protesto
Caminhoneiros realizaram protesto / Antônio Leudo
O presidente do Sindicato Ceramista de Campos, Osiel Crespo Filho, comentou nesta quinta-feira (3) sobre a paralisação dos caminhoneiros autônomos que prestam serviços para as mais de 160 empresas de cerâmica na Baixada Campista. Os caminhoneiros querem aumento no preço do frete para o Rio de Janeiro de R$ 70 para R$ 90. O fluxo de caminhões é grande. Por dia são 280 mil toneladas de tijolos transportados de Campos para muitas rotas dentro do Estado e para fora, como Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo.
— Eu já conversei com eles, mas a questão tem que ser trata de forma individual a nível entre o trabalhador e a empresa para qual ele presta serviço. Nem todas as cerâmicas estão sindicalizadas, então o sindicato não pode interferir na questão — disse Osiel Filho.
Na avaliação de Osiel o preço do frete praticado para o Rio de Janeiro (R$ 70, a tonelada) não está defasado. “Os caminhões que saem do Açu recebem R$ 60. O que está defasado, no meu entender, é o frete Rio-Campos (uma média de R$ 400). E se isso está acontecendo os trabalhadores devem começar a procurar frete para outras cidades onde o preço é melhor — ainda ressaltou.
Manifestação — Na noite de quarta-feira, mais de 100 caminhoneiros autônomos, que atuam no transporte dos tijolos produzidos na Baixa Campista, pararam o trânsito na Estrada dos Ceramistas. Eles reclamam que há dois anos o preço do frete está congelado e a infração vem engolindo qualquer possibilidade de ganho. Segundo eles, tudo ficou ainda pior com a instalação de duas balanças (Campos e Tanguá) que limitam a carga em 14 toneladas.

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