O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou neste sábado (7) um novo pedido apresentado pela defesa para evitar a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Com a decisão, fica mantida a ordem de prisão decretada na última quinta (5) pelo juiz Sergio Moro, a ser cumprida pela Polícia Federal.
O ex-presidente, que se recusou a se entregar nesta sexta, passou a noite na sede do Sindicato do Metalúrgicos, em São Bernardo (SP). Nesta manhã, ele fez a primeira aparição fora do sindicato após a ordem de prisão. Até o momento, a PF tenta negociar a entrega de Lula, para evitar conflito com apoiadores de Lula que cercam o prédio.
Nesta sexta, o ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), também negou um pedido de Lula para evitar a prisão. Na decisão liminar (provisória), o ministro disse que a defesa não provou que ainda tinha prazo para recorrer da condenação em segunda instância.
No novo pedido encaminhado ao STF, os advogados alegam que poderiam apresentar novo recurso contra a condenação de Lula no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) até a próxima terça (10). Por isso, Moro teria ordenado a prisão antes do “exaurimento” dos recursos na segunda instância.
A defesa pediu que Lula ficasse em liberdade pelo menos até o julgamento desse recurso, chamado embargos de declaração, pela Oitava Turma do TRF-4 – mesmo colegiado que confirmou a condenação do petista e já rejeitou um primeiro recurso —, o que ainda não tem data prevista para ocorrer.
O pedido de liberdade ainda argumenta que a ordem de prisão de Lula, mesmo após a condenação em segunda instância, não foi motivada, ou seja, sem elementos concretos que a justifiquem no caso do ex-presidente.