Mário Sérgio Júnior
21/03/2018 18:00 - Atualizado em 23/03/2018 13:44
Após o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) emitir parecer prévio contrário às contas de 2016 do governo do ex-prefeito José Amaro Martins Neco (PMDB), o peemedebista se pronunciou em seu perfil em uma rede social para demonstrar “indignação e não aceitação com o parecer dado”, Neco ressaltou ainda que irá buscar modificar o relatório “mostrando através de documentos que as divergências mencionadas não existem”.
— O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro emitiu parecer prévio acerca da prestação de contas de governo do exercício 2016, de minha gestão. Em sua análise o ilustre relator não aceitou as informações disponibilizadas em nossas razões de defesa, ao qual foi mostrado de forma embasada o não encaminhamento de documentos importantes por parte da Prefeitura que auxiliaria a melhor compreensão dos fatos contábeis e resolução das divergências expostas pelo corpo instrutivo do TCE-RJ. Por exemplo, o TCE não constatou a ocorrência de um superávit financeiro na Secretaria de Assistência Social, pois não foi encaminhado ao Tribunal o conjunto de contas que formavam todo o bloco de serviço da fonte que originou o superávit. Ressaltasse que o superávit ocorreu e ainda foi aprovado pela Câmara Municipal. Mesmo sendo pedido na defesa que a Prefeitura fosse notificada para encaminhar os documentos, isso não foi acatado pelo TCE — disse o ex-prefeito.
Neco ressaltou ainda que: “Analisando os outros pontos mencionados pelo TCE, fica claro que o corpo instrutivo não considerou a queda de receita que tivemos no ano de 2015 e principalmente a que ocorreu no ano de 2016, onde tivemos uma perda aproximadamente nos dois anos de R$ 400 milhões, ao qual inviabilizou consideravelmente o planejamento feito pela nossa gestão. E também não foi aceito nenhuma das ações que tomamos para buscar o equilíbrio financeiro no período, seja com a diminuição das despesas através do decreto de emergência econômica e financeira, como os demais cortes que foram feitos”.
Ainda de acordo com o ex-prefeito, quando ele assumiu em 2013 uma dívida de mais de R$ 100 milhões, que teria sido deixada por outra gestão. “Façam uma comparação, com a queda de receita que tivemos nos últimos anos e ainda com o somatório da obrigação de pagamento das dívidas deixadas, como isso atrapalhou a execução orçamentária e financeira do nosso governo”, declarou.