Em entrevista ao jornalista Alexandre Tadeu, nesta sexta-feira (19), o prefeito de Campos Rafael Diniz (PPS) voltou a falar sobre o polêmico aumento na contribuição de iluminação pública. Diniz disse que busca fazer justiça social com o reajuste e que todo valor arrecadado será investido para voltar a prestar o serviço no município, desta vez com qualidade.

Na última quinta-feira, vereadores da base do governo e empresários estiveram com Rafael para questionar os novos valores, mas após horas de reunião, o que ficou definido é que pouca coisa mudará do que já se sabia.

— Temos uma dívida de R$ 11 milhões com a Enel e a manutenção do parque energético custa cerca de R$ 3 milhões por mês. Temos que ter coragem para tomar medidas difíceis, mas que, com apoio da equipe técnica, seja o mais justo para que possamos voltar a oferecer um bom serviço de iluminação pública. Quando se tinha dinheiro de sobra, ninguém se preocupava na receita própria. Mas estamos tentando fazer justiça social, onde quem tem menos condições paga menos e quem tem um pouco mais de condições, paga um pouco mais para que todos tenham um serviço de qualidade — disse o prefeito.

Na entrevista, Rafael também foi questionado sobre assuntos como problemas nos serviços de limpeza pública, distribuição de água e programas sociais. "Temos metade dos royalties em relação ao último governo e não existe mágica. Estamos mantendo os serviços essenciais, mas preferimos reduzir o contrato de limpeza pública para que todos os trabalhadores recebam em dia do que manter um contrato maior e haja atrasos. Mas acreditamos que, caso o planejamento do orçamento para este ano se confirme com aumento da receita, vamos melhorar os serviços", comentou.

Na quinta, a Prefeitura voltou a dizer que houve um erro de cálculo nas cobranças para comércios e indústrias. De acordo com o órgão, após resultado da análise e posterior modificações, 35% dos consumidores destas classes vão pagar menos do que o valor praticado nos anos anteriores. Para as residências, o reajuste continua o mesmo. No entanto, haverá reavaliação nos casos de casas que estão classificadas como pontos comerciais na conta de energia elétrica.