Matheus Berriel
25/01/2018 14:15 - Atualizado em 26/01/2018 13:34
Pelo quarto dia seguido, nesta quinta-feira (25), moradores da Baixada Campista não puderam contar com os ônibus da São Salvador. Os funcionários da empresa estão parados desde a última segunda-feira (22), em manifestação por conta de grande atraso nos pagamentos, entre outros motivos. O Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) já determinou que o Consórcio União supra as linhas durante o desfalque, o que ainda não aconteceu.Nesta tarde estava marcada uma reunião com o presidente do IMTT, Renato Siqueira e representantes do consórcio.
— Não temos nenhuma novidade. Não há previsão de volta. Foi feita a recomendação para o consórcio colocar os carros para fazerem as linhas, mas, não temos conhecimento de que isso foi cumprido. A princípio, continua sem ônibus — explicou o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários, Davi Lopes.
Segundo motoristas e cobradores da São Salvador, que realizaram protestos na segunda e na terça-feira (23), há quatro salários atrasados, além do 13º de 2017. Eles também reivindicam o reajuste do valor da passagem, melhores condições de trabalho e a fiscalização do transporte alternativo.
A reportagem da Folha da Manhã questionou ao IMTT, através da superintendência de Comunicação da Prefeitura, o que será feito em relação à inoperância da São Salvador e do Consórcio União, caso siga sem cumprir a determinação anterior. Até o fechamento desta matéria, não houve resposta. Também foi tentado contato direto com o presidente do IMTT, Renato Siqueira, sem êxito.
A São Salvador é responsável pelas linhas para Farol de São Thomé, Córrego Fundo, Largo do Garcia, São Sebastião, Beira do Taí, Donana, Goitacazes e Bugalho. Para os moradores destes locais, as vans passaram a ser a única opção de transporte irregular. O IMTT tem feito fiscalizações em todo município para tentar impedir que os motoristas de lotadas e vans irregulares atuem.
Por meio de nota, o IMTT disse que "a empresa São Salvador constitui um dos lotes que realizam o atendimento às linhas do transporte coletivo municipal e a obrigação de suprir estas linha, através do lote correspondente, está determinada em edital". O órgão informou, ainda, que determinou que o Consórcio União suprisse as linhas em caso de desfalque, sem comprometer aquelas que já estavam sendo atendidas pelo consórcio.
“O IMTT solicitou o retorno imediato da prestação do serviço na Baixada Campista e informou que medidas administrativas cabíveis, como notificação e multa, já estão sendo aplicadas”.