São Salvador retira ônibus de circulação e moradores da Baixada ficam sem transporte
O ato impediu o atendimento dos outros coletivos por cerca de quatro horas. A viação São Salvador deu continuidade ao movimento, permanecendo sem atendimento às linhas para Farol de São Thomé, Córrego Fundo, Largo do Garcia, São Sebastião, Beira do Tai, Donana, Goitacazes e Bugalho, na Baixada Campista. A Prefeitura de Campos confirmou a paralisação e reconheceu a mesma como ilegal, alegando estar tomando providências para solucionar o problema.
Em nota, a Auto Viação São João, uma das afetadas pelo movimento, informou que “apesar das dificuldades impostas pela concorrência desleal do transporte pirata, seus funcionários, cientes da importância do serviço para a população, não aderiram à paralisação de rodoviários nesta segunda-feira, mas foram forçados por um grupo de outra empresa a parar os veículos. Para impedir a circulação, os manifestantes esvaziaram os pneus de alguns ônibus da São João, obrigando os passageiros, inclusive crianças e idosos, a descerem e deixando os veículos no meio da rua. Cerca de 40 ônibus da São João foram impedidos de sair do Centro da cidade, no final da manhã desta segunda-feira e ficaram quatro horas sem circular. O serviço foi regularizado por volta das 15h30”.
O presidente do Instituto Municipal de Transito e Transporte (IMTT), Renato Siqueira, “esclarece que tem mantido diálogo permanente com os representantes dos consórcios de transporte coletivo e está aberto a ouvir sugestões e esclarecer dúvidas, sempre primando pela melhoria da qualidade do atendimento à população”. Já com relação ao combate ao transporte clandestino, o IMTT informa que vários carros são apreendidos nas constantes operações, iniciadas em 2017, e intensificadas a partir de novembro. O IMTT orienta ainda, que a população faça a sua opção entre ônibus, táxi e vans, cadastrados pelo SETAMP, que são os modais regularizados no município.
Gilson Menezes, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Campos, ressaltou que o ato foi “isolado”, sem nenhum apoio ou orientação do sindicato. Ele acrescentou que o cenário do transporte público de Campos necessita urgentemente de atitudes para não “parar de vez”. Gilson informou que o Sindicato tem tentado o diálogo com o órgão público e está aguardando uma promessa de reunião com a presença do prefeito Rafael Diniz. Para a instituição, a luta pelo reajuste da tarifa e salários é justa considerando que estão há tempo sem atualização.
O Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário foi procurado, mas não se pronunciou até o fechamento desta edição.
A São Salvador também foi procurada, mas não enviou resposta.