Servidores da Saúde em novo protesto
Bárbara Cabral 19/07/2017 16:34 - Atualizado em 21/07/2017 15:03
Ato de servidores municipais da Saúde
Ato de servidores municipais da Saúde / Paulo Pinheiro
Com cartazes e gritos de ordem, cerca de 60 servidores da Fundação Municipal de Saúde realizaram um protesto em frente à sede da Prefeitura de Campos, na tarde desta quarta-feira (19). De acordo com eles, a manifestação teve o objetivo de reivindicar maior diálogo com o prefeito Rafael Diniz, além de valorização, respeito e melhores condições de trabalho. Nessa terça (18), Rafael realizou uma reunião com diretores do Sindicato dos Professores e Servidores Públicos Municipais (Siprosep) e da Associação dos Servidores do Hospital Ferreira Machado, onde foram colocadas questões relativas a medidas de ajuste consideradas necessárias para que a Prefeitura continue honrando seus compromissos. Em nota, a Prefeitura informou que vem mantendo diálogo com representantes dos trabalhadores e que se mantém aberta aos funcionários na busca dos melhores caminhos para realização dos trabalhos
De acordo com a técnica de radiologia Elaine Leão, as novas medidas teriam sido impostas sem diálogo com os servidores. “O nosso objetivo é cobrar as promessas feitas pelo prefeito, que sempre disse prezar pelo diálogo. A gente quer mostrar para ele que o servidor, melhor do que ninguém, sabe onde economizar. Temos ideias para a economia e queremos ser ouvidos por ele”, disse.
No último sábado (17), eles já haviam realizado um ato, que havia sido decidido em reunião com o sindicato da categoria, contra a mudança na carga horária de serviço. O assunto voltou a ser reclamação nesta quarta. Segundo os manifestantes, com a nova medida, a carga horária dos servidores teria sido alterada para 40 horas.
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— Eu, por exemplo, estou há 14 anos trabalhando 6 horas por dia e agora, de uma hora para outra, ele quer mudar. Se é para aumentar a carga horária, para economizar com a substituição, nós estamos dispostos a trabalhar mais dentro do nosso horário. O que nos deixa muito indignados é a forma arbitrária como foi imposta a medida. A gente não teve reajuste nenhum este ano, não tivemos quinquênio. Não estamos aqui só para exigir, estamos aqui também para oferecer o nosso serviço. Se é economia o que ele quer, então escute o servidor. O que não pode ser feito é mudar o cotidiano dele sem qualquer aviso prévio — relatou a assistente administrativa Evelise Viana Muniz.
Ainda nesta quarta, após o ato, o prefeito Rafael Diniz recebeu servidores públicos representantes de diversas áreas da Saúde como enfermagem, farmácia, radiologia, ASG e ASO, que levaram ao prefeito diversas pautas. Rafael avisou que o diálogo será sempre aberto com todos e que o objetivo principal é buscar os melhores caminhos para a valorização do servidor e consequente melhor prestação do serviço público à população.
Diversos pontos foram levantados, principalmente em relação à carga horária. A Prefeitura ressaltou que esta é uma medida que respeita o que é previsto para cada categoria, conforme edital de concurso e legislação vigente, e busca mais economia para o município.
— Eu sempre digo que o servidor público é o nosso bem maior e é ele que eu quero valorizar. E sabe como hoje eu posso valorizá-lo? Pagando-o em dia. Vivemos uma crise sem precedentes e temos que tomar medidas duras, difíceis, mas eu estou aberto ao diálogo. Eu dou a oportunidade para que vocês me mostrem o melhor caminho. Nós precisamos cumprir com o que está na lei. Precisamos diminuir os gastos e manter os mesmos serviços, mas se vocês me apresentarem uma proposta que cumpra com o que precisamos, eu estou totalmente aberto. Se vocês conseguirem isso, para mim não tem o menor problema — afirmou o prefeito Rafael Diniz.

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