Com R$ 13 milhões, Garotinho é o 6º em ranking de repasses ilegais da Odebrecht liderado por Cabral
14/04/2017 13:26 - Atualizado em 15/04/2017 10:52
Convenção do PMDB em 2006. Casal Garotinho e Cabral eram aliados
Uma tabela apresentada ao Ministério Público pelo ex-executivo da Odebrecht Benedicto Barbosa da Silva Junior detalha pagamentos que teriam sido feitos via caixa dois a 182 políticos. Entre 2008 e 2014, há registro de R$ 246 milhões em repasses ilegais. Dos 10 primeiros do ranking de repasses ilegais, seis são do Rio de Janeiro. Entre eles está o “Bolinha”, apelido relacionado ao ex-governador Anthony Garotinho (PR). Em Campos, a Odebrecht foi responsável pelas obras do programa Morar Feliz, durante a gestão da prefeita Rosinha Garotinho (PR). O contrato de quase R$ 1 bilhão foi assinado por Benedicto, Rosinha e Leandro Andrade Azevedo, também executivo da empreiteira. Benedicto e Leandro firmaram acordo de delação e citaram o casal, mas o conteúdo dos depoimentos ainda não foi revelado. 
O ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) lidera com folga o ranking dos que mais receberam caixa 2 da Odebrecht entre os anos de 2008 e 2012, segundo o documento: foram R$ 62 milhões. O ex-ministro das Comunicações Gilberto Kassab (PSD) é o segundo, com R$ 21,2 milhões. Depois, mais cinco nomes do Rio, em ordem: o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), com R$ 20,3 milhões; o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes (PMDB), com R$ 16,1 milhões; o deputado federal Júlio Lopes (PP), com R$ 15,6 milhões e Garotinho, com R$ 13 milhões.
O senador Lindbergh Farias (PT) fecha a lista “Top 10”, com R$ 5,4 milhões. Antes dele aparecem o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), com R$ 9,6; o ministro da Casa Civil Eliseu Padilha (PMDB), com R$ 7,2; e o senador Antonio Anastasia (MG), com R$ 5,47.
O documento, revelado pela Folha de S. Paulo (aqui), conta ainda com o senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (PSDB), com R$ 5,25 milhões; Jorge Picciani, presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e do PMDB fluminense. Outros políticos são citados.
Os citados negam que tenham recebido recursos ilícitos ou não comentam.
Info divulgado pela Folha de S.Paulo/Reprodução

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    Arnaldo Neto

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