O juiz Eron Simas proferiu sentenças de mais dois envolvidos no “escandaloso esquema” da troca de Cheque Cidadão por votos. Carlos Canaã (PTC) e Geraldinho de Santa Cruz (PSDB) estão condenados. O magistrado julgou procedente a representação do Ministério Público Eleitoral (MPE) e decretou a inelegibilidade dos dois pelo prazo de oito anos, a contar do pleito de 2016, cassou os registros, bem como anulou todos os votos atribuídos a eles. Com as decisões, sobe para 13 o número de condenados em primeira instância no que o juiz considerou “um dos maiores e mais audaciosos esquemas de compra de votos de que se tem notícia na história recente deste país”.
Anunciado o resultado das eleições do ano passado, Geraldinho e Carlos Canaã apareciam como suplentes. Contudo, acabaram “herdando” cadeiras na atual Legislatura. No dia da cerimônia de diplomação, o juiz Ralph Manhães decidiu que seis eleitos, acusados de participação na Chequinho, não receberiam o documento e, por consequência, estariam impedidos de tomar posse: Jorge Rangel (PTB), Kellinho (PR), Linda Mara (PTC), Miguelito (PSL), Ozéias (PSDB) e Thiago Virgílio (PTC).
Seis suplentes foram empossados no dia 1º de janeiro, sendo que dois, Canaã e Santa Cruz, também são réus, agora condenados, nas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes) do “escandaloso esquema”.
Como a decisão proferida nesta segunda-feira (3), todos os eleitos e suplentes empossados julgados até o momento foram condenados. As sentenças conhecidas anteriormente eram de Cecília Ribeiro Gomes (PT do B), Jorge Magal (PSD), Roberto Pinto (PTC), Thiago Ferrugem (PR), Vinicius Madureira (PRP) e os seis não diplomados. Eles já apresentaram recurso ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), caminho que deve ser trilhado também outros dois condenados.