O Jardim São Benedito, área nobre de Campos e sempre procurado pelos campistas como opção de lazer e tranquilidade, volta a enfrentar problemas sérios de segurança. Ou falta dela. Ontem, em plena luz do dia, um casal de adolescentes foi abordado por outro adolescente, armado, que levou o celular de um deles, depois de agredir o menino de 13 anos com uma coronhada na cabeça, acobertado por outro comparsa, que aguardava, de bicicleta, um pouco distância. Os dois fugiram sem serem importunados. À vítima só restou mesmo o prejuízo.

Não é novidade a insegurança que ronda o local, que, volta e meia faz outras vítimas, mas vale lembrar que o Jardim São Benedito é um próprio municipal e deveria contar com maior presença da Guarda Civil em seu espaço. Além disso, a área fica a pouco mais de 200 metros do 8° Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Campos. Merecia uma atenção especial.

A aprovação pela Câmara dos Deputados da lei que permite terceirização em todas as atividades despertou reações em vários setores da sociedade. Segundo o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal dom Sérgio da Rocha, o projeto gera “risco de precarização das relações de trabalho” e de “perda de direitos é muito grande”. A CNBB também divulgou nota contra a reforma da Previdência proposta pelo governo federal e a favor da redução do número de autoridades com direito a foro privilegiado.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) também afirmou que vai enviar nota técnica à Presidência da República pedindo o veto integral da lei que flexibiliza a terceirização. O procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Fleury, disse que o projeto aprovado ontem não vai cumprir o que propõe e sim refletir em mais insegurança jurídica no mercado de trabalho. Para ele as relações empregatícias serão precarizadas e ocorrerá uma substituição de contratos indeterminados por temporários.

O governador Luiz Fernando Pezão confirmou que estará presente à audiência da Operação Calicute, na qual foi arrolado como testemunha de defesa do ex-governador Sérgio Cabral. Em ofício enviado à Justiça Federal nesta quinta-feira, Pezão informou que vai prestar depoimento no dia 7 de abril, às 13h, como havia sido sugerido pelo juiz Marcelo Bretas.

Marcelo Odebrecht, em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no início de março disse que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) sabia da “dimensão” das doações por meio de caixa 2 feitas pela empresa à campanha da petista à reeleição. Marcelo falou como testemunha nas ações que pedem a cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer. A ex-presidente quer que o executivo prove suas declarações e diz que não sabia de nada.

A aprovação do projeto que libera a terceirização para todas as atividades das empresas pela Câmara dos Deputados dividiu as opiniões de entidades patronais, centrais sindicais e representantes da Justiça trabalhista. Foi alto também o número de compartilhamentos nas redes sociais de links que mostravam como cada parlamentar votou no polêmico projeto. Representante da região, Paulo Feijó (PR) votou a favor. Chamou atenção também a postura de Jair Bolsonaro (PSC). Apontado como possível candidato a presidente no ano que vem, ele se absteve.

O prefeito Rafael Diniz (PPS) decretou ponto facultativo nesta segunda-feira nas repartições públicas municipais, ressalvados os serviços essenciais. Na terça-feira, 28 de março, é aniversário da cidade. Campos celebra 182 anos da elevação à categoria de cidade.