As bancadas governista e de oposição na Câmara de Campos estiveram do mesmo lado ao parabenizar, na sessão desta terça-feira (28), o prefeito Rafael Diniz (PPS) pela reabertura do Teatro de Bolso Procópio Ferreira, a Casa do Ator Campista. Fechado em 2014 pela gestão Rosinha Garotinho (PR) sob a alegação de que o lugar passaria por reforma para resolver questões de acessibilidade e reparo no sistema de refrigeração, o TB só foi reaberto na última segunda-feira, com menos de três meses do atual governo. Até quem fez parte do grupo rosáceo admitiu que houve “falha” ao fechar o TB. Ao reabrir a Casa do Ator Campista, Rafael afirmou que estava cumprindo uma promessa que fez ao artista, diretor de teatro, turismólogo, carnavalesco e produtor cultural Antonio Roberto Góis Cavalcanti, o Kapi. A discussão sobre a cultura se ampliou. Ao comentar sobre a reabertura do TB, o vereador José Carlos (PSDC) criticou a ex-presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL) Patrícia Cordeiro, a quem chamou de “ladra”.

O vereador Fred Machado (PPS), líder do Governo e propositor da moção ao prefeito, afirmou que a abertura do Teatro de Bolso foi um passo importante da atual gestão, “mesmo com toda dificuldade do mundo”. Líder do PTC, da bancada de oposição, o vereador Cabo Alonsimar reconheceu que o fechamento do TB sem a conclusão no governo Rosinha foi um erro. “Foi uma falha do governo que eu fiz parte. E a gente está aqui para apoiar as ações nobres do governo Rafael Diniz”, disse.

Também da bancada de oposição, Thiago Ferrugem (PR) parabenizou o prefeito. De acordo com Ferrugem, “o compromisso com a cidade de Campos” tem de estar acima de qualquer compromisso, inclusive partidário. “O Teatro de Bolso tem importância muito grande na formação da consciência campista. Não poderia deixar de parabenizar o senhor prefeito”, disse Thiago, salientando que fará críticas e elogios sempre que necessário.

Dissidente do grupo rosáceo, o vereador Carlos Alberto Neném (PTB) afirmou que por diversas vezes o ex-secretário de Governo Anthony Garotinho informou que a gestão Rosinha ia reabrir a Casa do Artista Campista. “Ele [Garotinho] falou que iria reabrir o Teatro de Bolso. Em menos de três meses, quem fez isso foi o preito Rafael Diniz. A gente acreditava que o teatro seria reaberto quando o líder do grupo, que eu participava, dizia que seria em três meses. Mas não foi”, comentou Neném.

Os vereadores ainda debateram sobre a necessidade de uma audiência para tratar questões relacionadas à cobrança de pedágio na BR 101, que corta o município. São duas praças em Campos: Serrinha e Guandu. No dia do aniversário da cidade, uma moção de parabenização também foi debatida entre os parlamentares

O debate sobre a cultura esquentou. O vereador Jorginho Virgílio (PRP) afirmou que Campos durante um tempo não valorizava os artistas da terra. “A prioridade era o artista de fora. Vinha e recebia. O daqui levava seis meses”.

Quem subiu o tom mesmo foi o vereador José Carlos, que não poupou críticas e disparou contra a ex-presidente da FCJOL Patrícia Cordeiro.

— Eu denunciei consecutivamente Patrícia Cordeiro enchendo as burras do seu marido Lucas Cebola. As bandas de Campos tinham de perder 30% do cachê. Só recebia Lucas Cebola, marido da ladra Patrícia Cordeiro, que agora arrumou uma boquinha não sei onde. O chefe de quadrilha Garotinho arrumou umas boquinhas para seus filhotes.