Marcus Pinheiro
23/03/2017 16:57 - Atualizado em 24/03/2017 12:47
Um menino de 4 anos ficou trancado por mais de quatro horas em um veículo responsável pelo transporte público escolar a serviço da Prefeitura de Macaé, na tarde desta quarta-feira (22). De acordo com informações da Polícia Civil, a criança embarcou na van por volta das 12h30, a caminho da Escola Municipal de Educação Infantil Marli Vasconcelos Lemos, no bairro Novo Botafogo, onde estuda. No entanto, ela teria sido esquecida sozinha no banco de trás do veículo, local onde permaneceu durante todo o período escolar, até às 17h. O motorista e a monitora responsáveis pelo transporte escolar municipal foram afastados dos cargos e poderão responder pelo crime de abandono de incapaz, previsto no Art. 133 da Lei 2848/40 do Código Penal.
Segundo a polícia, os pais do menino, ambos moradores do bairro Virgem Santa, estiveram na manhã desta quinta-feira (23) na 123ª Delegacia de Polícia de Macaé, para prestar esclarecimentos sobre o caso. A família teria informado que a criança foi entregue por volta das 17h, como ocorre todos os dias. No entanto, ao perceberem que o menino estava com o comportamento alterado e a temperatura elevada, eles teriam questionado ao menor se o mesmo passava bem. Neste momento, então, o menino teria revelado que não havia sido deixado na escola e que teria passado toda a tarde no interior do veículo.
Os pais informaram ainda à PC, que em razão dos sintomas, a criança foi encaminhada imediatamente ao Hospital Público de Macaé (HPM), onde teve o diagnóstico de desidratação confirmado pela equipe médica. Por precaução, o menor permaneceu internado em observação por 12h, na ala pediátrica da unidade hospitalar.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação, esclareceu que está sendo dado todo o apoio necessário ao aluno e aos pais. O secretário de Educação, Guto Garcia e a direção da escola estiveram no HPM visitando o menino e, em seguida, foi realizada uma reunião na escola com todos os monitores e motoristas de vans, solicitando a capacitação dos profissionais com cursos de qualificação. O objetivo é reforçar o aprimoramento dos mesmos.
De acordo com a Prefeitura, o caso está sendo encaminhado à Procuradoria Geral do Município para as medidas cabíveis, a fim de que haja uma investigação para apurar os responsáveis.
O caso foi registrado na 123ª DP, onde está sendo investigado. Se condenados, motorista e monitora poderão responder a pena de reclusão que varia de 6 meses a três anos.