Ato para protestar contra intolerância
Daniela Abreu 21/03/2017 20:48 - Atualizado em 22/03/2017 17:58
Ato
Diversos movimentos negros de Campos se reuniram, nesta terça-feira, na Praça do Santíssimo Salvador para um ato de repúdio ao episódio de intolerância sofrido por representantes de religiões de matriz africana nas redes sociais após uma reunião na Câmara de Vereadores. O ato ocorreu no Dia Internacional de Luta Contra a Discriminação Racial, que remonta à marcha de 20 mil pessoas contra a Lei do Passe, que restringia o acesso dos negros a locais específicos na África do Sul. Com a morte de 69 pessoas e outras 186 feridas, o episódio ficou conhecido como o Massacre de Shaperville.
Integrante do Fórum Municipal de Religiões Afro-Brasileiras de Campos (Frab), Gilberto Totinho, explicou o ocorrido na Câmara e classificou como racismo religioso. “No dia 7 de março fomos à Câmara exigir do Legislativo que nos ouvisse depois de terem se reunido com grupos neopentecostais, protestantes e católicos. Tivemos grandes avanços nos últimos anos para garantir os direitos das comunidades tradicionais de terreiros, mas houve um recuo recentemente. Correu nas redes sociais um ataque feroz, como se nós tivéssemos ido lá para praticar rituais de magia negra, quando isso não acontece, não existe”, disse Totinho.
Além do Frab, o ato o reuniu membros do Movimento Negro Unificado (MNU), Escola de Arte e Cultura Popular Mãos Negras, Nação Basquete de Rua (NBR), Instituto de Pesquisa da Cultura Negra (IPCN), Instituto de Desenvolvimento Afro do Norte e Noroeste Fluminense (Idannf), Ordem DeMolay, Movimento Campista de Pesquisa e Cultura Negra (MCPCN), Reafro, Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi/Uenf), Grupo de Estudos e Práticas Musicais (GEPMU/Uenf) e EncresCampos.

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