A visitação do público à 1ª Feira de Ciências da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), realizada neste sábado (11) no Centro de Convenções Oscar Niemeyer, superou as expectativas. Vários estandes foram montados para exposição de trabalhos e experimentos dos centros que compõem o campus, com a participação de alunos, docentes e voluntários, em defesa da universidade, que enfrenta uma grave crise financeira.

— Superamos as expectativas. Mais de mil pessoas já passaram por aqui. Estamos muito satisfeitos, porque a intenção era transmitir o orgulho de defender a Uenf, passar que além de ver, conhecer, aprender e se divertir, estamos participando dessa luta em defesa da educação pública — ressaltou o professor do laboratório de estudo de educação e linguagem Gerson do Carmo.

De acordo com o professor, a feira foi uma forma de representar a resistência de todos os envolvidos. “O maior objetivo é mostrar à sociedade campista, da região Norte/Noroeste Fluminense e de todo o estado do Rio de Janeiro que a Uenf está viva, viva com o apoio de todas as escolas e universidades da região na luta pelo direito à educação pública, que está ameaçada. A luta se torna de todos, deste modo, contamos com o apoio de todos os que fazem parte da universidade, entre estudantes, professores, atletas, pesquisadores e voluntários. Tivemos também apoio da secretaria municipal de Educação, do comércio e de toda a população”, disse o professor.

Alunos de outras instituições também exibiram trabalhos, como foi o caso do Instituto Federal Fluminense (IFF), além de integrantes de algumas cooperativas. “A economia solidária é um movimento onde as participantes se reúnem para comercializar o produto que é fabricado por nós mesmos, com o apoio da Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Populares (Itep), que faz parte da Uenf. Nós trabalhamos com artesanatos em geral”, comentou a professora aposentada Olma da Silva, que estava comercializando duas bijuterias.

Muitas famílias, jovens e crianças foram conferir as atividades da feira. “Eu gostei muito. Vi uma cobra viva, o que eu nunca tinha visto, entre outras coisas”, contou Caique Barcelos, de 9 anos, que estava junto a amigos e família.

A médica Simone Serafim, que acompanhava a família na visita ao evento, falou sobre a conscientização da instituição em relação à educação e preservação da natureza. “A feira traz a importância da conscientização da Uenf, que é referência na nossa cidade. Oferece um pensamento em relação à preservação da natureza”.