Intervenção da SAC chega ao fim nesta quarta
Dora Paula Paes 28/03/2017 21:09 - Atualizado em 30/03/2017 13:45
Contrato com Infraero em 2013 para a administração do aeroporto
Com R$ 4,5 milhões em dívidas com a Infraero, deixada pelo ex-governo Rosinha Garotinho, o ministro dos Transportes, Maurício Quintella, deve anunciar sua decisão quanto à concessão ou não do Aeroporto Bartolomeu Lisandro, ao município de Campos. Expira nesta quarta-feira o prazo da intervenção, que ocorreu em outubro do ano passado. A secretaria de Desenvolvimento Econômico informou que o plano de trabalho foi entregue pelo município à secretaria de Aviação Civil (SAC) da Presidência da República e foi aceito pelo órgão federal. Os documentos foram levados na semana passada, quando o prefeito Rafael Diniz esteve na SAC.
“Dia 29 é o prazo final. Será quando ministério dos Transportes irá decidir o que será feito do aeroporto. Não tem mais prazo. Inicialmente o aeroporto não deve ter as portas fechadas, mas se voltar para o governo federal pode ter serviço reduzido e, posteriormente, ser vendido”, chegou a informar a assessoria da SAC.
Em Brasília, na semana passada, o prefeito Rafael esteve reunido na SAC onde discutiu a questão do Aeroporto. “Este é mais um dos problemas deixados pela gestão anterior e que vamos resolver. Houve uma intervenção que irá até o dia 29 de março e, caso não houvesse um acordo, Campos poderia perder o Aeroporto, que é de extrema importância para o desenvolvimento econômico da nossa cidade. Tivemos um bom diálogo, expusemos o nosso plano de ação, que está sendo montado para resolver essa questão e as negociações estão avançadas. Provavelmente vamos garantir um tempo maior para apresentar um projeto e garantir a gestão do aeroporto”, afirmou o prefeito, que esteve acompanhado do deputado federal Júlio Lopes e recebido pelo diretor do departamento de Outorgas, Ronei Glanzmann, e o coordenador Geral da Aviação Civil, Fabiano de Carvalho.
Em fevereiro, John Weber Rocha, coordenador-geral do Departamento de Outorgas da SAC, disse que a administração anterior da prefeitura vinha renovando os contratos de administração do aeroporto com a Infraero desde 2013, quando obteve a concessão. Mas após o final do último contrato, em setembro de 2016, a prefeitura não renovou e a SAC decretou a intervenção.
Na ocasião, o secretário de Desenvolvimento Econômico Victor de Aquino, disse que era hora de correr contra o tempo. “Pelo que discutimos, o modelo mais viável é o de terceirização. Podemos contratar uma empresa especializada por seis meses e depois assumirmos com pessoal nosso, da Codemca, ou até mesmo renovarmos o contrato com a terceirizada. Já uma empresa concessionária exigiria um contrato de 20 anos, 30 anos e é importante termos o controle do aeroporto. Isso já é feito com sucesso em Maricá-RJ e em Maringá-PR, por exemplo”, afirmou.

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