Triste recorde
05/02/2017 11:33 - Atualizado em 05/02/2017 11:33
A violência não tem dado trégua em Campos. Mais que isso: está em uma escalada há vários anos. Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) mostram que o número de homicídios subiu 65%, quando comparado a 2015. As tentativas não ficam muito atrás — ultrapassaram em 44,9% a média do mesmo ano. Desde que o órgão começou a contagem, em 2002, esse foi o ano mais violento com 272 homicídios registrados, como mostra matéria publicada na edição de hoje, da Folha da Manhã.
Triste recorde 2
Infelizmente, 2017 parece que não ficará muito diferente: Nos primeiro três dias de fevereiro foram quatro as vítimas fatais da violência. Em janeiro, foram 19. É preciso olhar com atenção e seriedade para essa situação, para que este ano não repita os demais e continue batendo tristes recordes, que vitimam, principalmente jovens negros, entre 15 e 29 anos. Relatório final da CPI do Senado sobre o Assassinato de Jovens, divulgado em junho do ano passado, mostrou que, todo ano, 23.100 jovens negros nesta faixa etária são assassinados. São 63 por dia. Um a cada 23 minutos.
Triste recorde 3
A palavra epidemia já é utilizada por especialistas para se referir à mortandade de jovens no Brasil, especialmente de jovens negros. O Mapa da Violência mostra que a taxa de homicídios entre jovens negros é quase quatro vezes a verificada entre os brancos (36,9 a cada 100 mil habitantes, contra 9,6). Além disso, o fato de ser homem multiplica o risco de ser vítima de homicídio em quase 12 vezes.
Discurso real
Pode parecer discurso vazio, mas a violência é um problema que passa pela questão social. Por isso, todas as ações para reduzir as desigualdades são importantes e bem vindas. Claro que carência financeira não justifica a violência, mas, muitas vezes, é o caminho para ela. Por outro lado, já é tempo de o Brasil discutir penas mais duras para esses e outros tipos de crimes graves.
Crise prisional
Em janeiro, o Brasil descobriu que seus presídios estão superlotados e são fábricas de bandidos, ao invés de recuperar os possíveis de serem recuperados. As rebeliões em série chocaram pela violência praticada lá dentro, mas, apesar da “descoberta” por parte da imprensa e repercutida pelo País, não é novidade.
Para lembrar
Será importante que, passado o momento de crise, essas rebeliões e suas consequências não caiam no esquecimento. A questão da população carcerária precisa ser discutida e com urgência, antes que novos fatos venham a acontecer.
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Febre amarela
O Ministério da Saúde notificou, até sexta-feira (03), 921 casos suspeitos de febre amarela. Do total, 702 casos permanecem em investigação, 161 foram confirmados e 58 descartados. Dos 150 óbitos notificados, 60 foram confirmados, 87 ainda são investigados e 3 foram descartados. Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, São Paulo e Tocantins continuam com casos investigados e/ou confirmados.
Campos
Em Campos, a primeira etapa do bloqueio vacinal contra a febre amarela vacinou 1.796 pessoas em Santo Eduardo, distrito de Campos. A partir de amanhã, será em Santa Maria. A prioridade de vacinação é para as pessoas, de 9 meses a 60 anos, que residam na divisa dos estados de risco e para quem comprovar viagem para essas áreas. Em Santa Maria, a imunização segue até dia 10.

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