Suzy Monteiro
14/02/2017 11:52 - Atualizado em 15/02/2017 12:05
Representante mais próximo do grupo dos Garotinho, com especial ligação com os herdeiros políticos Clarissa e Wladimir, o vereador Thiago Ferrugem (PR) é hoje o nome mais cotado para ser o líder da oposição, mas ainda não há definição. Ele afirma que quer fazer valer seu papel de fiscalizar o governo e garantiu que votará a favor de projetos que beneficiem a população: “Não faremos oposição cega. Jamais atuaria contra a cidade em que eu vivo e crio meu filho”, diz. Condenado na operação Chequinho, que investigou possível uso político do programa social Cheque Cidadão, o vereador, que foi secretário de Desenvolvimento Humano e Social no governo Rosinha Garotinho, diz estar tranquilo: “Estamos recorrendo. Vou cumprir meu mandato até o fim”, garante.
Thiago explica que, até o momento, ele será líder de seu partido, o PR.
— Elegemos três vereadores (Abdu Neme, Kellinho e ele próprio), porém, Kellinho não assumiu por decisão da Justiça. A suplente é Joilza Rangel, que não é de nosso partido (ela é do PSD). Já Abdu faz parte da mesa diretora. Eu serei o líder — afirmou.
No caso da liderança da bancada de oposição, ele afirma que, mesmo sem nada oficial, tem reunido em seu gabinete vários vereadores: “Deve ser daí que falam que serei o líder da oposição. Mas a definição não tem data certa para acontecer”, diz.
Ele explica que, em casos em que o partido já tenha posição firmada em nível nacional, irá orientar voto da bancada — ou seja, de Abdu, hoje na bancada governista.
Na oposição, no primeiro semestre, ele acredita que ficarão entre cinco e oito vereadores, apesar de não querer citar nomes: “Mas este número tende a aumentar. E logo”, aposta. Ferrugem afirma esperar, ainda, que o governo, e a própria Câmara olhem para frente: “A Casa não pode ser palanque político do que já passou. É preciso olhar para frente”, destaca o vereador.
Condenado na Chequinho, recorre no cargo
Sobre sua condenação no caso do Cheque Cidadão, Thiago Ferrugem, que é advogado, prefere não comentar: “As contestações estão e estarão nos autos do processo”. Mas diz que está tranquilo: “Tenho certeza que não há nada contra mim e cumprirei meu mandato até o fim”, afirma ele, que recorre da condenação no cargo.
Mesmo não que não queira se aprofundar no assunto, Ferrugem lembra que as denúncias envolvendo o aumento de beneficiários de 12 mil para 30 mil ocorreram depois que ele deixou a secretaria para candidatar-se: “Sai em março”, reforça.
Ele já está com alguns projetos propostos e coletando assinaturas para outros. Entre eles, o que pretende fixar o ano legislativo entre os dias 20 de janeiro e 20 de dezembro. Assim, o recesso seria entre 21 de dezembro e 19 de janeiro de cada ano: “Não existe razão para que tenhamos um período tão grande de férias, enquanto o trabalhador brasileiro tem 30 dias”, conclui.