Protesto chega ao 10º dia no ES, mas PMs devem manter patrulhamento
13/02/2017 08:52 - Atualizado em 15/02/2017 12:31
Tânia Rêgo/Agência Brasil
Crise na segurança pública no ES / Tânia RêgoAgência Brasil
O protesto de parentes de policiais militares do Espírito Santo chega ao 10º dia nesta segunda-feira (13). Mulheres ocupam a frente da sede do Comando Geral da PM e prometem impedir a saída dos policiais. Mas a expectativa é que eles continuem a se apresentar para o trabalho diretamente nas ruas, como fizeram durante o fim de semana. Há ônibus circulando na Grande Vitória e as aulas estão sendo retomadas nas escolas estaduais. Postos de saúde também devem reabrir.
Os PMs começaram a retornar às ruas no sábado (11), após um acordo entre representantes da categoria e governo e um chamado do comando geral da PM. O domingo (12), mais de 1.200 policiais voltaram para as ruas. Eles se somam aos cerca de 3 mil integrantes das Forças Armadas e da Força Nacional que atuam no estado em razão da crise. Em um dia normal, o Espírito Santo tem 2 mil policiais nas ruas.
Segundo o Sindirodoviários, que representa os trabalhadores de ônibus, 99% da frota intermuncipal da Grande Vitória voltaria a operar nesta segunda-feira. A expectativa é que escolas particulares e postos de saúde que fecharam na semana passada reabram. A Fecomercio-ES recomendou que os comerciários voltem à ativa. Os Correios também devem funcionar.
As mulheres dos PMs iniciaram os protestos em 4 de fevereiro, para pressionar o governo a conceder reajustes aos policiais e lhes dar melhors condições de trabalho. A partir de então, os PMs deixaram de patrulhar as ruas. As mulheres sempre alegam que são elas que estão no comando da paralisação. Mas, para as autoridades, essa é uma tentativa de encobrir o que, na verdade, seria um motim dos PMs.
Sem policiamento nas ruas, uma onda de violência se instaurou. Saques e assaltos se tornaram comuns. Em nove dias, o estado teve 144 mortes violentas, segundo o Sindicato dos Policiais Civis (Sindipol). Em todo o mês de fevereiro de 2016, foram 122 mortes violentas, segundo os registros oficiais. A Polícia Civil e a Polícia Federal vão investigar a participação de PMs nos crimes.

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