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Protesto do grupo SOS Atafona
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Protesto do grupo SOS Atafona
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Protesto do grupo SOS Atafona
Moradores e veranistas da praia de Atafona, em São João da Barra, fizeram uma manifestação pacífica na tarde desta sexta-feira, por volta das 16h, na altura do trevo de acesso às praias do município, na BR 356. O protesto foi feito no momento de alto fluxo de veículo, na saída para o feriado de carnaval. O objetivo dos manifestantes foi chamar a atenção para o avanço do mar, pedindo a remoção da areia nas ruas e retirada das dunas próximo à área do Pontal, no balneário. Eles solicitam que a Prefeitura retire a areia e lance de volta ao mar, evitando a invasão de casas, e ainda querem um plano de contenção do mar. O grupo faz parte do movimento SOS Atafona.
Segundo o advogado Geraldo Machado, que moveu uma ação contra o município, pedindo uma intervenção direta. Geraldo disse ainda que existe um estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH) indicando que, entre cinco ou seis anos, o mar pode chegar à sede do município de São João da Barra. A sugestão dele é que a Prefeitura busque recursos para fazer o afundamento do leito do rio Paraíba do Sul, aterrando a orla até Chapéu de Sol e a construção de 12 quebra-mares, a exemplo da medida adotada em Marataízes, no Espírito Santo, onde a orla foi recuperada.
Em entrevista concedida à Folha da Manhã em dezembro do ano passado, o ambientalista Aristides Soffiati disse que a ação de remoção das dunas é arriscada, podendo retirar a proteção frente ao avanço do mar. “Sem elas, a água avançaria mais rapidamente, não somente devolvendo a areia retirada, mas provocando mais destruição”, disse.
Em nota, o secretário de Meio Ambiente e Serviços Públicos, Alex Firme, explicou que “já começaram os trabalhos de desobstrução das vias públicas no trecho do antigo Farolzinho de Atafona. Nos lugares em que as areias atingem a altura de 2m, já são consideradas dunas, então não é possível fazer nenhuma ação sem que haja autorização judicial”.