Marcus Pinheiro
05/02/2017 11:42 - Atualizado em 06/02/2017 17:48
Movimentação no litoral sanjoanense / Michelle RichaO sábado (4) foi de sol entre nuvens e temperaturas amenas nas praias de Atafona e Chapéu de Sol, em São João da Barra. No entanto, mesmo sem o “calorão” típico da estação, veranistas e turistas buscaram se refrescar do mormaço nas águas sanjoanenses. Democrática e diversificada, a programação de verão do balneário contou ainda com um encontro de motoqueiros, shows de bandas de rock na festa do Motorock de Atafona.
No Pontal, famílias inteiras se divertiam à beira-mar com jogos praianos, como frescobol e a recreativa “pelada” de futebol. Nas águas do delta, caiaques e pranchas de Stand Up Paddle (SUP), faziam a alegria dos mais aventureiros. De acordo com a campista Alice Costa, 31 anos, o local é muito procurado tanto por turistas quanto por veranistas, por causa das belezas naturais e da tranquilidade. “Nós amamos este lugar. Na maior parte das vezes o mar está calmo, o que é ideal para praticar os esportes que gostamos. As crianças também adoram, e como as águas não são fortes e as ondas quase não batem, podemos deixá-las mais livres. Sem contar o pôr-do-sol desse lugar, que é maravilhoso”, contou Alice que se revelou insatisfeita apenas com o tráfego de veículos na orla do Pontal. “Apesar de proibido por lei, isso é comum aqui. As pessoas não têm consciência dos danos que podem causar a fauna e flora marinhas. E como não há um plano de gerenciamento costeiro eficaz no município, quem tem carro 4x4 abusa”, contou.
Na praia de Chapéu de Sol — que fica ao lado de Atafona — quem aproveitou o dia para se divertir com a família foi o professor sanjoanense Adílson Almeida. Com guarda-sóis, cadeiras, coolers e até uma caixa de som, para dar o clima musical, Adílson, que afirmou ser um frequentador assíduo das areias de Chapéu de Sol, garantiu que não trocaria a praia por nenhuma outra do litoral brasileiro. O professor ainda elogiou as passarelas de acessibilidade instaladas pela Prefeitura e a proibição de trânsito de veículos sobre a faixa de areia. “As questões ambientais têm de ser respeitadas. Por conta disso nós aproveitamos as passarelas para chegar até o mar, e não utilizamos carros. Esta facilitação para os pedestres, resulta na maior aglomeração de pessoas no entorno dos acessos. E como não existem quiosques ou serviços de bar, quem vêm tem que trazer a sua própria bebida e comida. Mas, é fundamental que, assim como nós, todos lembrem de levar seu lixo embora ao final da diversão”, acrescentou.
Pousadas registram bom índice de ocupação
Mesmo em tempos de crise econômica nacional, hospedarias e restaurantes de Atafona registraram elevados índices de ocupação e atendimento durante o sábado. Apesar da movimentação intensa, em especial durante os finais de semana, comerciantes questionaram a falta de investimentos municipais nos setores de Turismo e Obras.
De acordo com a proprietária de uma tradicional e centenária pousada da região do Pontal, Maura Galaxe, das 17 suítes que o estabelecimento possui, apenas duas estavam disponíveis, na tarde de ontem. Segundo ela, para manter aquecido o fluxo de hóspedes, a pousada reduziu tarifas, passou a oferecer descontos em diárias durante a semana e cortesias para uma casa noturna que funciona anexa ao estabelecimento. “O momento é de crise. Na primeira quinzena de janeiro registramos uma excelente movimentação. No entanto, após o dia 15 a queda foi brusca. Apenas alguns quartos foram ocupados por funcionários de empresas instaladas na região. Este final de semana estamos quase lotados por conta dos eventos que estão acontecendo. Para o período de carnaval estamos com 90% dos quartos reservados”, contou Maura. A empresária acredita que se a Prefeitura investir recurso em melhorias direcionadas aos setores de Turismo e Obras, as pousadas e o comércio local teriam muito a ganhar. “O Pontal poderia ser embelezado, obras de acessibilidade realizadas e festivais poderiam entrar no cronograma de eventos municipais. Sem dúvida essas medidas atrairiam turistas e a economia do município seria aquecida o ano todo”, finalizou.
Motoqueiros se juntam em confraternização
Cerca de 80 motoqueiros vindos de diversos municípios da região Norte e Noroeste Fluminense, se reuniram em um bar na praia de Atafona, no início da tarde de ontem, para juntos celebrarem o 2º aniversário do Moto Grupo Atafona Motorock.
De acordo com o presidente do Moto Grupo, Marco Antônio Rangel Braga, além de comemorativo o evento é uma forma de confraternizar com motoqueiros de outros clubes e grupos. A reunião contou ainda com os shows das bandas Produto de Rock, Betinho Assad, Ângelo Nani e Reubes. “O evento tem crescido. A primeira edição aconteceu na minha casa, mas, devido ao grande público e a falta de espaço, este ano decidimos fazer no bar. A esperança é de que no próximo ano consigamos realizar o nosso encontro no Balneário. Com uma estrutura maior e melhor”, contou o presidente do Atafona Motorock.
Prestigiando o evento, o também motoqueiro e ex-presidente do Moto Clube de Campos, Paulo Sillas, mais conhecido como “Paulinho Vovô”, afirmou que o 2º aniversário do Moto Grupo foi “maravilhoso”. “Muita confraternização, fazendo novos amigos, revendo amigos antigos, com uma organização nota 10”, contou ele.
