A Lagoa Salgada, no quinto distrito de São João da Barra, recebeu nessa quarta-feira (1) a visita de pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf). O grupo fez fotos e recolheu amostras de minerais orgânicos conhecidos como esteiras microbianas, responsáveis pelo surgimento das pedras cientificamente conhecidas como estromatólitos carbonáticos – que exercem grande influência na oxigenação do planeta.
O guia turístico e funcionário da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Serviços Públicos, André Pinto, acompanhou o grupo de aproximadamente 10 pesquisadores, todos docentes das duas instituições, na visita de cunho científico, cultural e ambiental que partiu da Uenf com destino ao Açu.
Considerado um santuário da natureza e representando, para estudiosos, um patrimônio geopaleontológico da humanidade, a Lagoa Salgada oferece, de acordo com o professor da UFRJ e do Instituto de Microbiologia Paulo Góes (Departamento de Virologia), Maulori Curié Cabral, que coordenou a visita, oportunidades de pesquisas variadas que podem ser muito úteis na atualidade.
Um dos focos dessa visita, revelado pelo professor Murié, foi a busca por macroalgas no propósito das mesmas servirem de futuros insumos para o aumento da qualidade e da produtividade na agricultura.
O secretário de Meio Ambiente de São João da Barra, Alex Firme, destacou a importância da Lagoa no campo científico. “Os docentes da UFRJ, acompanhados de tutores, afirmaram que a lagoa servirá como laboratório a céu aberto para visitação de futuras turmas de microbiologia, em parceria com a secretaria de Meio Ambiente”, disse.
Lagoa Salgada – A Lagoa Salgada pertence ao Projeto Geoparque, Costões e Lagunas do Estado do Rio de Janeiro e tem parte de sua localização pertencente ao Parque Estadual da Lagoa do Açu (Pelag). Suas confrontações ficam entre as localidades de Açu, Mato Escuro, Capela São Pedro e Alto do Cardeiro.