A semana começa com expectativa quanto à avaliação de mais três recursos de condenados no “escandaloso esquema” da troca de Cheque Cidadão por votos. Responsável pelos julgamentos, o juiz Eron Simas vai avaliar as alegações apresentadas pelas defesas de Jorge Magal (PSD), Jorge Rangel (PTB) e Roberto Pinto (PTC). O juiz já rejeitou os embargos de declaração de Cecília Ribeiro Gomes (PT do B), Kellinho (PR), Linda Mara (PTC), Miguelito (PSL), Ozéias (PSDB), Thiago Ferrugem (PR), Thiago Virgílio (PTC) e Vinicius Madureira (PRP).
Expectativa em Brasília
O Supremo Tribunal Federal (STF) deve anunciar nesta semana a decisão sobre o futuro da Operação Lava Jato na Corte. Durante toda a semana passada, em conversas reservadas, a presidente da Corte, Cármen Lúcia, buscou uma solução consensual para encontrar um substituto para relatar os processos da operação, que estavam sob a responsabilidade de Teori Zavascki, morto em um acidente de avião em Paraty (RJ). Na quarta-feira (1º), a Corte retorna aos trabalhos após o período de recesso. No início da sessão, está prevista uma homenagem ao ministro Teori Zavascki.
Próximo passo
Além da relatoria, a Corte deve definir como será feita a homologação das delações premiadas dos 77 executivos ligados à empreiteira Odebrecht. Juízes auxiliares do STF concluíram a fase de depoimentos complementares. Com a conclusão, as delações estão prontas para serem homologadas. A alternativa mais cogitada em conversas informais dos ministros é o sorteio da relatoria da Lava Jato entre os integrantes da Segunda Turma, colegiado que era integrado por Teori e que já julgou recursos da Lava Jato.
Quem será?
Fazem parte do colegiado os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello. Outra medida que pode ser tomada é a transferência de um integrante da Primeira Turma para a segunda. O nome defendido nos bastidores é o do ministro Edson Fachin, com perfil reservado, semelhante ao de Zavascki. Oito ações que tratam de assuntos fiscais, que estavam sob a relatoria de Teori, serão retiradas da pauta de julgamento.
Cabral queria o bolo
Na última sexta-feira foi aniversário do ex-governador Sérgio Cabral e, segundo reportagem do jornal O Dia, ele ficou sabendo que um grupo de bombeiros havia levado um bolo para a porta do presídio. Ele teria recebido a ironia com bom humor. “Ele riu e disse: ‘e onde ele está?’”, afirmou um agente à reportagem. Não houve visitas nem canto de parabéns. Ainda no pátio, recebeu o cumprimento discreto do cantineiro. Passou o dia lendo.
Com a esposa
Ainda segundo O Dia, os 54 anos de Cabral foram comemorados somente ontem, quando recebeu a visita dos familiares e ficou até as 14h30 no pátio com a esposa, Adriana Ancelmo, que também está presa. Os encontros entre os dois, às quartas-feiras e sábados, já ocorrem há três semanas e estão dentro da rotina normal do presídio. Mas nem sempre foi assim, de acordo com quem conhece o dia a dia de Bangu 8 — onde Cabral está preso desde 17 de novembro acusado de desviar verbas de contratos públicos. A reportagem traz também informações sobre possíveis regalias ao ex-governador.
Diálogo
Visando dar suporte a ações culturais de outros órgãos da municipalidade, a Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL) vem promovendo encontros nos quais parcerias têm sido estudadas. Na semana passada, um encontro realizado no Teatro Municipal Trianon marcou o início de ações com a superintendência dos Direitos do Idoso.