O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse nesta quarta-feira (18) que o governo federal vai liberar pelo menos mil homens do Exército, da Marinha e Aeronáutica para atuar nos presídios de todo o país. As forças estarão prontas para entrar em ação no prazo de oito a dez dias e o efetivo poderá ser ampliado conforme a demanda dos estados. Serão empregados militares que já atuaram em operações de varredura e segurança realizadas durante a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, sempre que possível deslocados de outras unidades da federação, para garantir a segurança das equipes e evitar a “contaminação” da operação.
Inicialmente, o Ministério da Defesa destinará R$ 10 milhões para custear a operação, mas esse montante também vai variar conforme a necessidade. De acordo com o ministro, os militares só entrarão nos estabelecimentos prisionais após as forças policiais locais garantirem que não há risco. Os militares não terão contato com os presos, que deverão ser retirados das celas e demais dependências durante a inspeção em busca de armas, drogas e aparelhos celulares.
“Nosso pessoal atuará pontualmente e, depois, deixará o local. As Forças Armadas têm qualificação para isso. Nas Olimpíadas, fizemos varreduras em quase todos os imóveis dos Jogos. Temos pessoal muito bem treinado para dar conta desse tipo de tarefa”, acrescentou Jungmann, explicando que, embora assumam o controle da operação de varredura na unidade prisional, as Forças Armadas não vão operar e controlar presídios e penitenciárias, não vão substituir policiais e agentes penitenciários estaduais não atuarão sozinhas.
Além do apoio de soldados e oficiais para vasculhar os presídios à procura de armas e produtos e substâncias ilícitas, o Ministério da Defesa e as Forças Armadas também vão oferecer treinamento para que as próprias forças de segurança pública estaduais façam inspeções regulares. Jungmann também lembrou que o recém-lançado Plano Nacional de Segurança Pública prevê a disponibilização de verbas federais para que os estados adquiram e instalem bloqueadores de celulares, aparelhos de raio-x e scanners.
“Compete aos estados manter a limpeza [segurança] dos estabelecimentos em que recolhermos as armas. Para isso, se o governo estadual solicitar, vamos disponibilizar treinamento de equipes.”