Martin Schulz, ex-presidente do Parlamento Europeu, foi confirmado nesse domingo (29) como candidato pelo Partido Social Democrata (SPD) ao cargo de chanceler, nas próximas eleições federais na Alemanha. Em setembro deste ano, ele disputará com a atual chanceler, Angela Merkel, do partido União Democrata-Cristã (CDU).
Em discurso feito na sede do Partido, em Berlim, onde anunciou oficialmente sua candidatura, Schulz se posicionou contra as políticas anti-imigração de extrema-direita que vêm ganhando força na Europa.
“As pessoas que fogem das guerras têm o direito de receber proteção e a desconfiança contra os refugiados pode se tornar uma vitória do Estado Islâmico. Todos os alemães sabem ao que pode levar o nacionalismo cego”, afirmou Schulz.
O candidato, de 61 anos, criticou ainda a política de Trump. "Quando um presidente dos Estados Unidos quer construir um muro e fala sobre tortura (...) é insustentável".
A candidatura de Schulz já era esperada desde novembro do ano passado, quando ele anunciou que não iria concorrer a um terceiro mandato para o cargo de presidente do Parlamento Europeu. Schulz foi substituído pelo italiano Antonio Tajani.
De acordo com uma sondagem de intenção de votos feita pela televisão estatal alemã ARD na semana passada, Schulz está empatado com Merkel, com 41% da preferência do eleitorado, a oito meses das eleições legislativas.