A primeira-ministra britânica Theresa May fez um discurso na manhã desta terça-feira (17), em Londres, para anunciar como deverá ser a saída do Reino Unido da União Europeia. No discurso, May confirmou que o Reino Unido deixará o mercado único, mas afirmou que está confiante em um possível acordo de comércio com a Europa.
Imigrantes
Em relação ao livre trânsito de pessoas dentro do bloco, May foi clara ao dizer que o Reino Unido passará a controlar o número de migrantes provenientes da União Europeia, mas afirmou que reconhece a importância dos imigrantes e que “os melhores [serão bem-vindos] para estudar e trabalhar no Reino Unido”. Ela afirmou ainda que a imigração terá de servir aos interesses britânicos.
O discurso de May foi intitulado A Global Britain (Uma Grã-Bretanha Global, em tradução livre), e transmitiu a ideia de que a saída da UE é uma oportunidade para o Reino Unido se tornar ainda mais internacional. “Deixaremos a União Europeia, mas não abandonaremos a Europa”, afirmou, dizendo que o Reino Unido estará aberto ao mercado global.
Muito criticada nos últimos meses por não ser clara nas propostas para a transição do Reino Unido, Theresa May adotou um tom conciliador no discurso, afirmando que o país quer negociar livremente com outras nações da União Europeia e que acredita que um acordo pode ser positivo para os dois lados.
May disse que o Reino Unido será "o melhor amigo e vizinho dos nossos parceiros europeus, mas também um país que ultrapassa as fronteiras da Europa".
Ela ressaltou que, após o referendo que definiu pela saída do Reino Unido da UE, o país precisa se unir para construir uma Grã-Bretanha mais forte, justa e verdadeiramente global. Disse ainda que a decisão popular pela saída não significa que os britânicos não reconheçam as virtudes da UE, mas que optaram por um caminho diferente.
O termo Brexit é a união das palavras Britain (Grã-Bretanha) e Exit (saída, em inglês) e é usado para denominar o processo de saída do Reino Unido da União Europeia após um referendo feito em junho de 2016, quando 52% dos britânicos votaram a favor da saída. A participação no referendo foi de 71,8%, com mais de 30 milhões de votantes.