A falta de medicamentos e insumos deixaram o atendimento médico comprometido em duas importantes unidades de saúde de Campos nessa terça-feira (10). Durante toda a manhã, apenas casos de urgência estavam sendo atendidos no setor de emergência do Hospital Geral de Guarus (HGG). Já na Unidade Pré-Hospitalar, antigo PU de Guarus, o atendimento chegou a ser suspenso por cerca de duas horas. Em razão do desabastecimento, na última sexta-feira (6), o prefeito Rafael Diniz (PPS) decretou situação de emergência na Saúde do município pelo prazo de 180 dias. A decisão autoriza a contratação de serviços e compras de medicamentos em caráter emergencial sem a necessidade de licitação.
Com pneumonia e bronquite, uma paciente de 59 anos, que optou por não ser identificada, disse que procurou socorro no HGG por volta das 8h30 dessa terça. No entanto, segundo ela, após esperar por cinco horas, foi direcionada por enfermeiras a buscar atendimento no PU de Guarus. “Cheguei no posto achando que seria atendida, mas eles estavam sem funcionar por estar sem medicamentos. Aí tive de ir para UPA (Unidade de Pronto Atendimento)”, contou a mulher, que acrescentou dizendo que espera que a Saúde Pública melhore.
Em nota, a superintendente do HGG, Raquel Arlinda, confirmou os problemas nas duas unidades nessa terça. Segundo Arlinda, a previsão é de que, com a chegada de medicamentos e insumos, o atendimento seja normalizado ainda nesta semana. Raquel esclareceu que todos os pacientes com quadro de menor gravidade foram orientados a procurar a UPA, também, em Guarus.
Espera pela compra de medicamentos
O PU de Guarus pode voltar a ter atendimento médico suspenso nessa quinta (12), caso o estoque de medicamentos e insumos não seja reabastecido. De acordo com a supervisora administrativa da unidade, Renicarla Arêas, o repasse de itens realizado pela Fundação Municipal de Saúde (FMS) na tarde de ontem é suficiente para atender a demanda somente até esta quarta.
“Ficamos sem dipirona, equipo e outros medicamentos e insumos para atendimento de emergência. Por este motivo, o atendimento foi suspenso por algumas horas. Mas, com a chegada dos itens, o atendimento foi restabelecido. No entanto, o estoque que temos é baixo, e como a demanda aqui é muito grande, ele será suficiente apenas até amanhã (hoje)”, disse Renicarla.
A supervisora informou ainda que o desabastecimento do PU de Guarus é reflexo do governo anterior. Segundo ela, na última semana foi necessário pedir ajuda à secretaria de Saúde de São João da Barra. “Eles nos emprestaram 500 dipironas e 3 mil seringas para que nosso atendimento não fosse paralisado”, contou ela, que ainda acreditar que o atendimento será normalizado em um prazo de até 48h, com a chegada dos itens da compra emergencial.