Jhonattan Reis
23/01/2017 10:57 - Atualizado em 23/01/2017 22:52
A continuação da paralisação dos policiais civis foi decidida na tarde desta segunda-feira. Os profissionais realizam o movimento desde a última terça-feira (17), que a princípio duraria 72 horas. No entanto, eles, decidiram por outra paralisação, já que o Estado pagou salário de dezembro, mas não outras dívidas com a categoria. Nas delegacias ainda estão sendo feitos apenas flagrantes e remoção de cadáver — serviços considerados essenciais. Os agentes informaram que as investigações que estavam em curso estão paradas.
— Contamos com a compreensão da população. É importante para a gente que todos entendam que não há como trabalhar sem salário e com más condições de trabalho — relatou um policial que preferiu ter a identidade preservada.
Desde o início das paralisações, policiais civis relataram sobre condições de trabalho. “São complicadas. Chão soltando e com buracos, fiação exposta, banheiros em más condições, impressoras com problemas, viaturas sem funcionamento e sem vistoria há seis anos. É só um pouco do que a gente convive”, relatou outro agente.
Falta de reforma nas delegacias também foi apontada. Um policial lembrou que empresas estão ajudando as DPs com serviços, por falta de manutenção. “Na de Guarus, por exemplo, já consertaram a porta de entrada, que estava há vários meses quebrada, resolveram problemas elétricos e fizeram manutenção no ar condicionado”, relatou.
Em nota, a secretaria de Fazenda informou que “o décimo terceiro, o RAS e o sistema de metas seguem sem previsão de pagamento”. Já a Polícia Civil, sobre possibilidade de melhoria de condições de trabalho dos agentes, não havia se pronunciado até o fechamento desta matéria.