O juiz Eron Simas condenou mais dois eleitos acusados de envolvimento no “escandaloso esquema” da troca de Cheque Cidadão por votos: Thiago Virgílio (PTC) e Vinicius Madureira (PRP).
Com a decisão eles ficam inelegíveis por oito anos, além de terem seus votos anulados. Por envolvimento na distribuição irregular do programa social, Thiago não foi diplomado e, consequentemente, não foi empossado. O juiz Eron Simas ratificou a decisão de não expedir o documento, que na situação de Madureira foi cassado.
Na semana passada, Roberto Pinto (PTC), Jorge Rangel (PTB) e Ozéias (PSDB) também foram condenados no que o juiz classificou como “um dos maiores e mais audaciosos esquemas de compra de votos de que se tem notícia na história recente deste país. Pior: tudo às custas de dinheiro público”. Nessa segunda-feira, também foram condenados Jorge Magal (PSD) e Miguelito (PSL). Nessa terça, foram conhecidas as condenações de Linda Mara e Cecília Ribeiro Gomes.
A Câmara emitiu nota nessa terça informando que ainda não foi comunicada sobre as decisões da Justiça. O posicionamento oficial não traz muitas novidades, já que é bem parecido com que o procurador da Casa, Robson Maciel Júnior, já havia informado à Folha. Marcão fala sobre possível retotalização dos votos e novo quociente eleitoral. Já o advogado João Paulo Granja informou ao blog que “o entendimento hoje predominante no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é de que nas hipóteses, como a dos autos, de ocorrência de abuso de poder econômico e captação ilícita de sufrágio, os votos são válidos, vindo a ser destinados ao partido ou coligação do candidato que teve seu registro cassado”.
Dos onze eleitos já julgados, faltam as sentenças de Thiago Ferrugem (PR) e Kellinho (PR).