Viúva é suspeita de furtar material em DP
Daniela Abreu 27/12/2016 15:51
Rodrigo Silveira
Delegados Geraldo Rangel e Pedro Emílio falaram sobre o caso / Rodrigo Silveira
Uma mulher, apontada como principal suspeita de ter matado o marido por envenenamento, foi presa por policiais civis da 134ª Delegacia de Polícia (DP) do Centro de Campos. O crime ocorreu na madrugada do dia 19 de dezembro, no condomínio Recanto das Palmeiras, quando o homem foi encontrado morto em casa. Segundo a Polícia Civil, a mulher teria subtraído, de dentro da delegacia, o material apreendido em sua casa, gerando suspeita sobre seu envolvimento com a morte da vítima. Segundo a Polícia Civil, a viúva, que tinha contrato de união estável há dois anos com a vítima, já tem passagem por furto, estelionato e uma série de outras fraudes. As informações foram passadas à imprensa durante coletiva, na tarde desta segunda, na 134ª DP, com o delegado titular da unidade, Geraldo Rangel, e o delegado adjunto Pedro Emílio Braga.
De acordo com Pedro Emílio, a viúva foi à 134ª DP, na manhã de segunda-feira, após perícia em sua casa. Até então, segundo o delegado, ela ainda não era considerada suspeita da morte, cumpria apenas um rito de praxe, adotado pela Polícia em caso de morte em residência, que trata do registro da ocorrência e pedido de remoção do corpo. Ainda de acordo com Pedro Emílio, o furto do material aconteceu quando um inspetor estaria colhendo depoimento dos policiais militares que estiveram no local do crime e, no momento em que o agente foi até a impressora para pegar o documento para os PMs assinarem, a viúva teria aproveitado para furtar objetos encontrados em sua casa, durante perícia que foi acompanhada por ela.
— Ela estava na delegacia como uma testemunha e não como uma criminosa, de forma que não havia preocupação. Era uma senhora que se mostrava, inclusive, fragilizada no momento. Chorava, triste pela morte do marido. Ela viu onde foi guardada a caixa (com as provas) e se aproveitou para subtrair essas provas — revelou Pedro Emílio.
Segundo Geraldo Rangel, a subtração das provas acabou ajudando a Polícia Civil porque ela “levantou a possibilidade efetiva dela ter sido a autora do crime”. “No primeiro momento ela achou que iria se beneficiar, mas acabou gerando toda uma investigação específica contra ela. Fez com que ela fosse autuada em flagrante pela subtração da prova, além do inquérito do homicídio”, completou.
O delegado Pedro Emílio informou também que, durante o acontecido, a viúva estava sendo acompanhada por advogado, que imediatamente entrou com pedido de liberdade provisória, resultando na liberação, da já considerada suspeita, no dia seguinte. Segundo o adjunto, em casos de prisão em flagrante é comunicado ao juiz que analisa se defere a conversão da prisão em flagrante em preventiva, ou concede liberdade provisória, o que acabou ocorrendo em primeiro momento. Em nova análise, no entanto, foi concedido um novo mandado de prisão preventiva, por fraude processual penal, cumprido na casa da viúva nesta segunda.
— Nada impede, agora, um novo pedido de prisão agora nos autos do inquérito do homicídio — disse Geraldo Rangel, que ainda aguarda a chegada do laudo pericial do Instituto de Criminalística Carlos Éboli para onde foram levados materiais da vítima, que comprovariam, ou não, a morte por envenenamento.
Local do crime – Segundo Pedro Emílio, na casa do casal, local onde o corpo foi encontrado, foram localizados pela Polícia Civil várias seringas, luvas cirúrgicas, além de um recipiente com resquício de um líquido branco. O material foi recolhido porque a vítima tinha vestígios de uma substância branca na face e nos braços.

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