Estado vê dificuldade para pagar em 2017
30/11/2016 21:03
Divulgação
Secretário de Estado de Fazenda, Gustavo Barbosa / Divulgação
Se o ano que está em seu último mês foi difícil para os servidores ativos e inativos do Rio de Janeiro, a dificuldade promete ser maior em 2017. Em entrevista ao Portal G1, o secretário estadual de Fazenda, Gustavo Barbosa, falou de comprometimentos econômicos que podem deixar comprometida a possibilidade de se cumprir o pagamento das 13 folhas salariais do ano.
Segundo ele, se nada for feito para o equilíbrio das contas, a possibilidade de os 13 salários serem pagos em 2017 é muito pequena. “Na situação atual, nossa estimativa é honrar de sete a oito folhas salariais”, disse.
Em relação ao pagamento do 13º salário de 2016, Barbosa mantém o nível de pessimismo. “A gente está buscando, ainda, pagar a folha de novembro. Sobre o 13º não tenho como afirmar nada ainda”, disse.
O governo apostava na reabilitação das suas finanças com o pacote de austeridade, aumentando sua receita. Mas, a principal medida, que previa o aumento de 11% para 30% da contribuição previdenciária, foi proibida pela Justiça e rechaçada pela Assembleia Legislativa do Estado. Se o pacote fosse aprovado na íntegra, a expectativa do governo era de um impacto de R$ 13,3 bilhões no caixa de 2017. “Estou trabalhando feito um louco e a gente está analisando alternativas que possam minimizar a situação. A Alerj está sendo parceira, estudando também alternativas”, declarou o secretário.
Segundo Barbosa, o acordo feito pelo Governo Federal para repassar aos estados parte da multa arrecadada com a repatriação de recursos no exterior não trará alívio para o caixa fluminense. “O Rio recebe cerca de R$ 80 milhões dos impostos pagos com a repatriação. Com o direito a parte da multa, vamos receber entre R$ 86 milhões e R$ 88 milhões a mais, o que não fará muita diferença”, disse.
Alternativa apontada pela equipe econômica do Governo Estadual é realizar nova operação de empenho de receitas futuras dos royalties do petróleo. “Por enquanto a gente está avaliando a viabilidade de fazer essa operação. Mas é uma operação que não sai no curto prazo”, disse Barbosa. A operação consiste em conseguir com investidores externos o adiantamento do que o Estado pode vir a arrecadar com os royalties da exploração do petróleo.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

    BLOGS - MAIS LIDAS