A praia do Farol de São Thomé, no Parque Estadual da Lagoa do Açu, administrado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), é cenário de espetáculo da natureza: de setembro a março, dezenas de tartarugas marinhas da espécie cabeçuda (Caretta caretta) procuram a localidade para desovar. O fenômeno é monitorado pela equipe da unidade de conservação, em parceria com o Projeto Tamar. Desde o início da temporada reprodutiva até o momento, foram registradas 55 desovas com cerca de 5.500 ovos.
Na última temporada reprodutiva (2015/2016) a Base Bacia de Campos do Projeto Tamar, que monitora aproximadamente 105 quilômetros de praias, abrangendo os municípios de Campos, São João da Barra e São Francisco de Itapaboana, protegeu 2.898 desovas e liberou ao mar aproximadamente 222 mil filhotes.
— É um trabalho muito importante para a preservação da nossa fauna. No início do ano, tivemos mais uma inédita eclosão de ovos da espécie de tartaruga cabeçuda (Caretta caretta) no Parque Estadual da Ilha Grande. A desova aconteceu no início de janeiro na Praia de Lopes Mendes — disse o secretário do Ambiente, André Corrêa.
Com área aproximada de 8.251 hectares, o Parque Estadual da Lagoa do Açu abrange partes dos municípios de Campos e São João da Barra, no Norte Fluminense.