O pré-sal da Bacia de Campos, em Albacora, um dos campos gigantes do pós-sal descoberto em 1984, situado a 100 quilômetros do Cabo de São Thomé, em Campos, tem previsão de Teste de Longa Duração ano que vem, dentro do Plano de Avaliação da Descoberta (PAD) à Agência Nacional de Petróleo (ANP), desde agosto de 2012. Essa é a maior descoberta de petróleo no pré-sal já feita na Bacia de Campos. Com muitos dos seus campos maduros, a Bacia de Campos, no momento, passa por declínio na sua produção e perde fôlego para outras bacias onde o pré-sal aumenta a cada dia o volume de petróleo explorado no país.
Segundo a Petrobras, a descoberta do pré-sal de Albacora, ocorreu em abril de 2011, com a perfuração do poço 6-BRSA-899D-RJS (6-AB-119D), tendo sido notificada à ANP em abril de 2011 e comunicada ao mercado no mesmo mês. “As avaliações continuam, até que haja informações suficientes para a possível Declaração de Comercialidade”, diz nota da estatal.
Matéria do jornal O Globo, de domingo, informou que a Petrobras, no momento, precisando fazer caixa e procurando desenvolver os projetos que possam dar retorno no curto prazo, planeja fazer o primeiro Teste de Longa Duração (TLD) em Forno, em Albacora, no próximo ano. A expectativa é que o poço atinja em testes uma vazão da ordem de 15 mil barris por dia de petróleo.
A Bacia de Campos produz cerca de 280 mil de barris por dia de petróleo e gás natural no pré-sal, pouco mais de 20% da produção total a essa profundidade, que é da ordem de 1,31 milhão de barris por dia. Essa produção em Campos vem de áreas no pré-sal descobertas em campos que já tinham petróleo no pós-sal, como Jubarte, Baleia Azul, Marlim Leste, Baleia Franca, Barracuda/Caratinga, Marlim/Voador e Pampo/Trilha/Linguado/Badejo.
A produção total de petróleo e gás natural na Bacia de Campos — incluindo pré-sal e pós-sal — é de 1,6 milhão de barris por dia. Enquanto a produção total no país é de 2,9 milhões de barris diários, incluindo Petrobras e demais empresas petroleiras.
O plano de recuperação da produção de Albacora aprovado pela ANP em 2014 previa a entrada em operação de poços injetores já perfurados, a perfuração de novos poços produtores e injetores, além da contratação de novos estudos sobre a área.
Para o economista Ranulfo Vidigal, pré-sal na Bacia de Campos é sempre uma boa nova. “Tende a gerar frutos no médio prazo. Isso vai manter o Norte importante na oferta de petróleo e gerar dividendos para Macaé e o Porto do Açu, em São João da Barra”, disse. A arrecadação de royalties também pode aumentar.