Como o blog Ponto de Vista, de Christiano Abreu Barbosa, adiantou ontem (
aqui), o Ministério Público Estadual instaurou inquérito para investigar a Guarda Civil Municipal. As denúncias foram desencadeadas após o assassinato de Patrícia Manhães, no estacionamento do Grupamento. Confira a nota abaixo:
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) oficiou ao comando da Guarda Municipal de Campos dos Goytacazes e ao procurador-geral do Município um requerimento de informações para a checagem de antecedentes criminais dos agentes da corporação. A requisição foi expedida pela 1ª promotoria de Justiça de Investigação Penal de Campos em inquérito aberto para apurar denúncias de que haveria na corporação agentes com condenações penais, entre outras anotações de irregularidades de conduta, sem a devida correição.
As denúncias chegaram ao MP após o início da investigação de dois guardas municipais que teriam tramado a execução a tiros de Patrícia Manhães, morta no dia 13/05, no estacionamento da base de apoio da Grupamento Ambiental da Guarda Municipal, em Guarus. Os dois estão presos temporariamente. Segundo as investigações, um deles teria oito passagens criminais, incluindo homicídio e usaria tornozeleira eletrônica, no exercício de sua função. Na última quinta-feira (26/05) foi cumprido um mandado de busca e apreensão na sede do grupamento. No local, foram apreendidas armas de fogo, munição e drogas. Um guarda teria sido preso, em flagrante, por posse ilegal de arma.
A promotoria de Justiça oficiou, também, ao delegado titular da 146ª DP (Guarus), responsável pela investigação do crime, para que ele apresente, em até 48 horas, a cópia integral dos procedimentos e inquéritos gerados em decorrência da busca e apreensão na sede do grupamento.
"O Ministério Público entende que há uma conexão entre os fatos. Além da importância probatória das diligências para a elucidação das circunstâncias do crime de homicídio, a solução de eventuais ilegalidades dos agentes da guarda também trará segurança ao povo campista. Nosso dever é verificar as denúncias recebidas. Por outro lado, trata-se de uma corporação histórica, com excelentes exemplos de bons profissionais. Precisa ser cuidada, prestigiada, enquanto instituição, até para valoração e reconhecimento daqueles que trabalham corretamente, com certeza a maior parte do contingente", explicou o promotor de Justiça Fabiano Rangel.