Lúcia que deu nome à Biblioteca Infantil do Palácio da Cultura gostava de escrever poemas e trabalhou como repórter no extinto jornal A Cidade, foi arquivista na antiga TV Norte Fluminense, e em meados de 90 foi revisora da Folha da Manhã. A sua vinda para Campos teve por objetivo principal criar uma escola de alfabetização na casa onde morava, no bairro IPS.
A escritora publicou dois livros infanto-juvenis, “Aninha e João” e “Juca das Rosas”, além de uma coletânea de poesias sobre o Rio Paraíba, intitulada “Paraíba de Mim”.
O velório aconteceu durante todo o dia de hoje na capela mortuária da Santa Casa, no Caju, com a presença de familiares, atores de teatro, jornalistas e amigos ligados à cultura. Ela tinha quatro filhos, sendo um falecido.
O secretário municipal de Cultura, Orávio de Campos Soares, lamentou a morte da escritora. "Lúcia era uma pessoa muito culta. Trabalhou comigo no espetáculo "A Casa de Bernarda Alba" no Sesc, entre outros, e sempre foi muito bem. Uma pessoa altamente importante", disse.
A presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, Patrícia Cordeiro, também, lamentou a perda. “A Lúcia era um exemplo de amor à literatura. Ela era apaixonada pelo ambiente literário”, contou.
O diretor da Biblioteca Nilo Peçanha, Maurício Xexéo destacou a presença de Lúcia no meio literário. “Ela era muito ativa e sempre preocupada em despertar o gosto pela leitura nas pessoas. Costumava visitar a biblioteca e gostava de participar da vida literária”, concluiu.