A dengue aparece como um dos maiores problemas de saúde pública do país. Na última década, foram registrados cerca de 3,5 milhões de casos – entre eles, 12 mil da forma grave da doença (hemorrágica) – e 900 mortes.
Baixo nível de saneamento básico, lixo, intenso adensamento demográfico, abastecimento irregular de água, histórico de epidemias, todos estes fatores formam o cenário favorável para que o mosquito se prolifere. A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que a urbanização acelerada e o déficit da limpeza urbana foram dois pontos fundamentais, nos últimos 30 anos, para o favorecimento da doença no Brasil.
O curso de Enfermagem do ISECENSA, através de suas ações de prevenção junto às comunidades, vem atuando no processo de informação ao cidadão e luta contra a dengue, doença que pode levar à morte nos seus casos mais graves.
É uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus da família Flaviridae e é transmitida, no Brasil, através do mosquito Aedes aegypti, também infectado pelo vírus. Atualmente, a dengue é considerada um dos principais problemas de saúde pública de todo o mundo.
No Brasil já foram encontrados quatro sorotipos que caracterizam a doença: dengue tipo 1, 2, 3 e 4. O vírus tipo 4 não era registrado no País há 28 anos, mas em 2010 foi notificado em alguns estados, como o Amazonas e Roraima.
A dengue tipo 4, apresenta risco a pessoas já contaminadas com os vírus 1, 2 ou 3, que são vulneráveis à manifestação alternativa da doença. Complicações podem levar pessoas infectadas ao desenvolvimento de dengue hemorrágica.
A dengue pode se apresentar – clinicamente – de quatro formas diferentes : Infecção Assintomática (ausência de sintomas), Dengue Clássica, Febre Hemorrágica da Dengue e Síndrome de Choque da Dengue. Dentre eles, destacam-se a Dengue Clássica e a Febre Hemorrágica da Dengue, com maior ocorrência.
A dengue é transmitida para o homem através da picada do mosquito Aedes aegypti (a?d?s do grego “odioso” e ægypti do latim “do Egipto”). Mais conhecido como mosquito da dengue, ele pertence a uma espécie de mosquito da família Culicidae proveniente de África e que já pode ser encontrado por quase todo o mundo, com mais ocorrências nas regiões tropicais e subtropicais, sendo dependente da concentração humana no local para se estabelecer.
O mosquito da dengue (Aedes aegypti) é o vetor de doenças graves, como o dengue e a febre amarela, e por isso o controle de sua reprodução é considerado assunto de saúde pública.
O Aedes aegypti é um mosquito que se encontra ativo e pica durante o dia, tendo como vítima preferencial o homem. É de difícil controle, já que seus ovos são muito resistentes e sobrevivem vários meses até que a chegada de água propicia a incubação, o mosquito da dengue deposita seus ovos em diversos locais e rapidamente se transformam em larvas, que dão origem às pupas, das quais surge o adulto. Assim como na maioria dos demais mosquitos, somente as fêmeas se alimentam de sangue para a maturação de seus ovos; os machos se alimentam apenas substâncias vegetais e açucaradas.
A ação mais simples para prevenção da dengue é evitar o nascimento do mosquito, já que não existem vacinas ou medicamentos que combatam a contaminação. Para isso, é preciso eliminar os lugares que eles escolhem para a repr odução.
A regra básica é não deixar a água, principalmente limpa, parada em qualquer tipo de recipiente.Colocar areia nos pratos de vaso ,não deixar pneus jogados acumulando água ,etc...
Como a proliferação do mosquito da dengue é rápida, além das iniciativas governamentais, é importantíssimo que a população também colabore para interromper o ciclo de transmissão e contaminação. Para se ter uma idéia, em 45 dias de vida, um único mosquito pode contaminar até 300 pessoas.
É importante ressaltar que todo cidadão deve se responsabilizar pela manutenção de locais limpos, sem lixo e água parada, evitando assim a reprodução do mosquito conseqüentemente melhorando nossas estatísticas em relação à doença. Uma boa saída são os mutirões comunitários, que influenciam positivamente na redução no número de casos de dengue.
Com afeto,
Beth Landim