A mulher de 48 anos, alvo da operação da Polícia Federal que investiga atos antidemocráticos, foi identificada como Elizângela Cunha Pimentel Braga, segundo o jornal O Globo. Ela é moradora de Itaperuna e se entregou à delegacia da PF em Campos, no fim da noite dessa segunda-feira (16). Além de Elizângela, a PF também cumpriu mandado de prisão temporária contra o bombeiro Roberto Henrique de Souza Júnior. De acordo com a PF, um dos alvos da operação "Ulysses" está foragido. Esse alvo, segundo a Agência Brasil e Folha de S. Paulo, seria o ativista Carlos Victor Carvalho, conhecido como CVC, um dos líderes do Movimento Direita Campos e suplente de vereador no município. Durante a operação, a PF também cumpriu mandados de busca e apreensão, e coletou celulares, computadores e diversos documentos.

Segundo a PF, a investigação foi desencadeada para identificar lideranças locais que bloquearam as rodovias que transpassam o município de Campos, a organização das manifestações vistas em frente aos quartéis do Exército na cidade e, por último, a participação dos investigados e de outras lideranças na organização e financiamento dos atos que desencadearam a depredação dos prédios públicos e dos atentados contra as instituições democráticas ocorridas no dia 8 de janeiro.

O terceiro alvo da operação Ulysses, segundo a Agência Brasil e a Folha de S. Paulo, seria o ativista Carlos Victor Carvalho, conhecido como CVC, um dos líderes do Movimento Direita Campos e suplente de vereador no município. A informação, entretanto, não foi confirmada pela Polícia Federal. CVC teve 2.292 votos na eleição municipal de 2020, sendo o 13º mais votado.

“Durante a investigação, foi possível colher elementos de prova capazes de vincular os investigados na organização e liderança dos eventos. Além disso, com o cumprimento hoje dos mandados judiciais, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, será possível identificar eventuais outros partícipes/coautores na empreitada criminosa”, informou a PF.

Os crimes investigados são os constantes no art. 288 (Associação Criminosa), 359-L (Abolição Violenta do Estado Democrático de Direito) e 286, parágrafo único (Incitação das Forças Armadas contra os poderes institucionais), todos do Código Penal.