Depois de muitas polêmicas, projeto do vale alimentação dos servidores municipais é aprovado
02/08/2022 20:31 - Atualizado em 02/08/2022 22:17
Depois de meses de polêmicas, o governo enviou e a Câmara de Campos aprovou por unanimidade, nesta terça-feira (2), o projeto que institui o vale alimentação para os servidores municipais.


Até a última semana, a oposição tinha o entendimento por uma emenda que estendia um valor único de R$ 400 para todos os servidores, mas o vereador Helinho Nahim (Agir) retirou a proposta depois de entendimento com o Sindicato dos Servidores Municipais de Campos (Siprosep).


De acordo com a presidente do Siprosep, Elaine Leão, a entidade apresentou uma proposta de R$ 400 para quem tem salário-base até R$ 3.409 e R$ 200 para quem recebe entre R$ 3.410 e R$ 4.600, e que foi aceita pela equipe da Prefeitura.


Anteriormente, o prefeito chegou a enviar um projeto de lei com valores escalonados, podendo ser de R$$ 200, R$ 300 ou R$ 400, dependendo da faixa salarial.

— Com muito pesar retiro a emenda de R$ 400 para todos os servidores. Estou retirando porque eu e os vereadores fomos chantageados por quem não tem vergonha (o prefeito Wladimir Garotinho). Eu seria o primeiro a votar (para retirar o vale) se houvesse diminuição dos royalties, mas tem dinheiro, falta vergonha. Mas não quero prejudicar os servidores por conta disso e por isso vou votar com o grupo — disse Helinho.

Líder da oposição, Marquinho Bacellar (SD) disse que não votar no vale de R$ 400 para toda categoria é algo que incomoda, mas destacou a luta dos servidores.

— Foi uma batalha grande para chegarmos aqui. Faz parte da democracia, mas incomoda servidor agradecendo ao prefeito por enviar o projeto. Sou filho de sindicalista, respeito grupo. Voto favorável porque quem faz greve e cobra são vocês (servidores). É fácil ficar em casa colocando na rede social “me ajuda”. É uma migalha que estão dando a vocês. Mas esse tempo está perto de acabar. Não estou satisfeito, mas contem com a oposição.

Vice-presidente da Casa e integrante da base governista, Juninho Virgílio (União) chamou a atenção do diálogo com a oposição para se chegar aos valores aprovados.

— Parabenizo os servidores beneficiados. Terei alguns embates com Elaine por entendimentos diferentes, mas você levou para assembleia, foi aprovada, levou ao prefeito, que fez um estudo e viu a viabilidade. Agradecer a todos os vereadores, da oposição também, inclusive ao Helinho que retirou a emenda de R$ 400 após o entendimento. Agradecer ao prefeito Wladimir Garotinho de entender que não é possível ter irresponsabilidade. Não há muito tempo vocês ficaram sem salário e o prefeito está fazendo gestão responsável. E parabéns à oposição pelo diálogo.

Junto ao projeto também foi aprovada uma emenda que inclui no benefício os conselheiros tutelares, que são escolhidos por eleições e recebem da administração pública por DAS e, por tanto, não são servidores estatuários. A oposição também apresentou outra emenda que retira a parte do texto que dizia que o benefício deveria ser pago por cartão magnético. Com isso, os valores serão depositados diretamente nas contas dos servidores.

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