Câmara aprova indicação Legislativa para retorno do auxílio alimentação dos servidores municipais
24/05/2022 20:42 - Atualizado em 25/05/2022 00:44
Os vereadores de oposição derrubaram a sugestão da base governista e aprovaram a indicação legislativa para retorno do auxílio alimentação dos servidores municipais, mas com valor de R$ 400. Inicialmente, os parlamentares da base propuseram a volta dos R$ 200 que eram pagos anteriormente.

A categoria está em greve desde o dia 17 de maio e pede reajuste salarial que não é concedido desde 2016. Além disso, no ano passado, o prefeito Wladimir Garotinho conseguiu a aprovação na Casa da retirada do auxílio alimentação dentro de um pacote de projetos com a justificativa de equilibrar as contas do município.

Os governistas propuseram o retorno do benefício de R$ 200 e, apesar de terem sido derrotados, acompanharam e aprovaram por unanimidade a indicação da oposição de R$ 400, além de reajuste de 25% e salário mínimo de R$ 1.251 a nível municipal. Apesar disso, a palavra final é do prefeito, que pode acatar qualquer valor.
Líder da oposição, Marquinho Bacellar (SD) chamou a discussão do benefício de R$ 200 de "cortina de fumaça". "É um circo porque já sabem que o prefeito prometeu de R$ 400 a R$ 500. É mais uma cortina de fumaça. Falar que precisou cortar no ano passado? Em meio a pandemia, com uma enxurrada de nomeações. Acho que não era necessário".

Vice-presidente da Câmara, Juninho Virgílio (União) lembrou que o corte no auxílio alimentação foi necessário porque o município assinava um Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) com o Tribunal de Contas do Estado (TCE) para a redução gradual do pagamento dos vencimentos dos servidores com recursos dos royalties do petróleo. Já o líder de governo, Alvaro Oliveira (PSD), criticou a postura da oposição.

— Votarei nas duas indicações. As pessoas estão querendo saber qual indicaçãoé a mais bonita. É uma indicação e o prefeito decide. Estão esquecendo de dizer isso. E aí o prefeito pode colocar R$ 200,R$ 300,R$ 400,R$ 500. O sindicato deixou proposta de R$ 500para o prefeitoe ela será analisada.

Maicon Cruz (PSC), por sua vez, declarou que o prefeito estava querendo dar "migalhas" aos servidores. "O prefeito sempre colocou o servidor contra a parede, dando migalhas do que é de direito do servidor. Se o prefeito quer diálogo, então coloca a R$ 400 reais que tem condições financeiras para isso. Falta é vergonha na cara".

Apesar de integrar o grupo governista, Cabo Alonsimar (Podemos) reforçou sua posição e disse estar a favor do servidor, independente do prefeito. "O sindicato está aqui e já viu minha posição. Foi bom acontecer isso. Coloquei a indicação legislativa do auxílio paternidade. Entre o atual prefeito, o ex-prefeito e o servidor, serei sempre a favor do servidor. Quando falamos em propor R$ 200, não tinha diálogo por um valor maior. Nada mudou para mim. Na hora do abono de R$ 2 mil, não se pensou no aposentado e pensionista. São os que mais sofrem, que não tem dinheiro para comer, para comprar remédio".

Também durante a sessão, os vereadores aprovaram por unanimidade a indicação de Cabo Alonsimar que prevê a ampliação do auxílio paternidade por até 30 dias para os servidores municipais.

Além disso, a indicação legislativa da oposição ainda pede o reajuste do salário da categoria, aumentando o piso atual, que é abaixo do salário mínimo em alguns casos.

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